27/05/2014

Ter objetivos de vida garante os anos adicionais para realizá-los

Redação do Diário da Saúde

O sentido da vida

Ter um senso de propósito na vida - na forma de ideais ou de objetivos práticos - pode ajudá-lo a viver mais tempo, não importando qual a sua idade.

Isso tem implicações claras para o desenvolvimento de adultos ou para promover o envelhecimento saudável, diz o pesquisador Patrick Hill, da Universidade de Carleton (Canadá).

"Nossos resultados apontam para o fato de que encontrar um sentido para a vida e estabelecer metas globais para o que você deseja alcançar pode ajudá-lo realmente a viver mais tempo, independentemente de quando você encontra o seu propósito," disse Hill.

"Então, quanto mais cedo alguém chega a um sentido para a vida, mais cedo esses efeitos protetores poderão ocorrer," acrescenta ele.

Estudos anteriores sugeriram que encontrar um propósito na vida reduz o risco de mortalidade mais do que quaisquer outros fatores conhecidos para prever a longevidade.

Não vague pela vida

Hill e seu colega Nicholas Turiano (Universidade de Rochester) decidiram investigar se os benefícios dos ideais de vida variam ao longo do tempo, como em diferentes períodos de desenvolvimento ou depois de transições importantes na vida.

Eles analisaram dados de mais de 6.000 participantes, focando em seu propósito na vida - por exemplo, "Algumas pessoas vagam sem rumo pela vida, mas eu não sou uma delas" - e outras variáveis psicossociais que aferem as relações positivas com os outros e a experimentação de emoções positivas e negativas.

Durante um período de acompanhamento de 14 anos, as pessoas sem propósito na vida e com menos relações positivas apresentaram uma taxa de mortalidade significativamente maior.

Apenas o fato de declararem ter um propósito de vida previu consistentemente um risco de mortalidade mais baixa, com o benefício aparecendo para os participantes mais jovens, de meia-idade e mais velhos em todo o período de acompanhamento.

Quando os demais fatores psicossociais e emocionais foram retirados dos cálculos, apenas a declaração de um objetivo de vida continuou mantendo o efeito preditivo de uma maior longevidade.

Ter um objetivo de vida também teve benefícios similares para os adultos mais velhos independentemente de serem aposentados ou não - a aposentadoria é um fator de risco de mortalidade bem conhecida e aferida.

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