Fazendo bactérias acenderem
Ferimentos são propensos a conter bactérias, que inflamam e dificultam a cura e a cicatrização, quando não levam a resultados ainda piores.
Quando os médicos desbridam, ou limpam, uma ferida, eles tentam remover o máximo possível de bactérias. No entanto, eles enfrentam uma limitação fundamental: Nem todas as bactérias podem ser vistas pelo olho humano, e algumas podem passar despercebidas durante o desbridamento.
Rachael Orkin e colegas da Universidade da Califórnia de Los Angeles (EUA) acreditam ter encontrado a solução: Fazer as bactérias "acenderem", emitindo luz que as torna visíveis, permitindo sua extração completa.
A técnica se chama autofluorescência, utilizando um aparelho portátil que "ilumina" as bactérias antes invisíveis ao olho humano - o aparelho é instalado nos óculos usados pelo médico.
Tornando as bactérias visíveis
Uma luz violeta transfere energia para moléculas especiais nas paredes celulares de qualquer bactéria. Diferentes tipos de bactérias ficam com cores diferentes, permitindo que os médicos determinem imediatamente a quantidade e os tipos de bactérias presentes na ferida.
A imagem de autofluorescência conseguiu identificar bactérias em feridas em aproximadamente 9 em cada 10 pacientes que as avaliações clínicas tradicionais não detectaram.
"Estamos esperançosos de que essa nova tecnologia possa ajudar os cirurgiões a melhorar sua precisão ao localizar e, consequentemente, remover bactérias de feridas e, portanto, melhorar os resultados dos pacientes, particularmente para aqueles com feridas diabéticas nos pés," disse o professor David Armstrong. "A detecção precoce e a remoção de bactérias de uma ferida são vitais para prevenir amputações evitáveis."
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