Uma em cada oito pessoas sofre de fome crônica no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
A entidade reconhece uma melhoria nos últimos anos, mas pede esforços adicionais e imediatos para alcançar o primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, que é acabar com a fome no mundo.
A ONU estima em 842 milhões o número de pessoas subnutridas no período entre 2011 e 2013, 26 milhões a menos do que no período anterior (2010-2012).
A grande maioria das pessoas que sofrem de fome crônica, ou seja, que não têm alimentos suficientes para uma vida saudável e ativa, está nos países em desenvolvimento, mas há 15,7 milhões que vivem em países desenvolvidos.
Segundo o objetivo número 1 dos "Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", que visa a erradicar a pobreza extrema e a fome, o mundo comprometeu-se a reduzir para a metade, entre 1990 e 2015, a proporção de pessoas que sofre de fome.
"A dois anos do prazo, 38 países alcançaram a meta", afirma o relatório da ONU. "Esses sucessos mostram que, com compromisso político, instituições eficazes, boas políticas, uma abordagem abrangente e níveis adequados de investimento, podemos vencer a luta contra a fome."
Apesar dos progressos, o relatório alerta que há diferenças marcantes na redução da fome. A África Subsaariana fez progressos modestos e continua a ser a região com a maior prevalência de subnutrição, com uma em quatro pessoas (24,8%) passando fome.
A Ásia Ocidental não registrou progressos, enquanto o Sul da Ásia e o Norte de África revelam progressos lentos. O Leste e o Sudeste Asiático e a América Latina foram as regiões com maiores progressos.
No Sudeste Asiático, região com os melhores resultados, o número de pessoas com fome diminuiu de 31,1% para 10,7% desde 1990.
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