Epidemia de cesarianas
O Ministério da Saúde lançou um protocolo com diretrizes para reduzir o número de cesarianas sem necessidade.
O documento lista as situações nas quais o parto cesárea é indicado em detrimento do parto normal.
A Ministério considera que o Brasil vive uma epidemia de cesarianas e que o protocolo pode reduzir as taxas destas cirurgias.
Em todo o país, 55% das crianças nascem por parto cirúrgico. Quando são levados em conta apenas os números da saúde privada, o percentual de cesarianas sobe para 84%. A tentativa de reduzir a epidemia de cesarianas nos hospitais particulares já foi alvo de medidas anteriores, anunciadas em 2014.
A taxa adequada de cesáreas seria até 30% do total de partos, segundo o ministério, com base em parâmetros da Organização Mundial da Saúde.
Protocolo sobre cesarianas
O documento, chamado Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas para Cesariana, foi elaborado após meses de discussão e de consulta pública e estabelece um modelo de regulação do acesso assistencial, autorização, registro, indicação e ressarcimento dos procedimentos realizados.
O objetivo é orientar os profissionais de saúde a diminuir o número de cesarianas desnecessárias porque o procedimento, quando não indicado corretamente, traz riscos para a mãe e o bebê, como aumento da probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e de morte materna e infantil.
O protocolo traz parâmetros a serem seguidos pelas secretarias de Saúde dos estados e municípios.
Sim e não para a cesárea
A nova diretriz destaca, por exemplo, que a cesariana não é recomendada como forma de prevenção da transmissão de mãe para filho dos vírus da hepatite B e C; mas sim para prevenir a transmissão de HIV.
Outros pontos do documento avalizam a recomendação de cesariana para a mulher que tenha apresentado infecção primária do vírus herpes simples durante o terceiro trimestre da gestação e para as que tiveram três ou mais cesarianas anteriores.
Na lista de recomendações também está o aconselhamento para gestantes que já fizeram cesariana, que considere as preferências e prioridades da mulher e os riscos e benefícios de uma nova cirurgia e de um parto vaginal, incluindo o risco de uma operação cesariana não planejada.
Ver mais notícias sobre os temas: | |||
Saúde da Mulher | Gravidez | Cirurgias | |
Ver todos os temas >> |
A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.