Citomegalovírus
As infecções por citomegalovírus (CMV) são extremamente comuns. Embora não representem uma ameaça grave para a grande maioria das pessoas, elas podem ser mortais para pessoas cujo sistema imunológico está enfraquecido. Nesses casos, quando o corpo não consegue se defender sozinho, só dispomos de tratamentos contra infecções por CMV muito limitados e com efeitos colaterais graves.
Sem medicamentos razoáveis à disposição, uma equipe da Universidade de Tecnologia de Dresden (Alemanha) e do Centro de Imunologia de Marselha (França) estão propondo uma nova forma de proteger os pacientes mais frágeis do citomegalovírus.
"Os pacientes submetidos a transplante de medula óssea têm seu sangue e sistema imunológico totalmente substituídos pelos do doador. Nos primeiros meses após o transplante eles ficam indefesos. Não existe um tratamento ideal. Os disponíveis funcionam de forma limitada ou podem causar efeitos colaterais graves, como insuficiência renal, insuficiência hepática, surdez, sepse e outros," explica o Dr. Julien Subburayalu, membro da equipe.
Em vez de atacar o vírus, a abordagem envolve um estímulo ao sistema imunológico enfraquecido, que lhe dê força suficiente para combater o vírus por si próprio.
Ativando defesas antivirais
Em vez de atacar o vírus com tratamentos antivirais, a equipe concentrou-se em fortalecer o sistema imunológico para que ele combata o vírus.
"Nosso método intervém no nível das células-tronco do sangue do paciente para aumentar as defesas antivirais gerais. É ideal como estratégia profilática ou de intervenção geral em indivíduos imunossuprimidos," disse o Dr. Marc Dalod.
O foco é uma citocina conhecida como "fator estimulador de colônias de macrófagos" (M-CSF), uma pequena molécula sinalizadora que funciona como mensageira e ativadora do sistema imunológico. "A citocina aumenta a produção de glóbulos brancos específicos, principalmente monócitos e macrófagos," disse o Dr. Prashanth Kandalla.
Embora normalmente os monócitos e os macrófagos não sejam reconhecidos como a principal força de defesa contra os vírus, os pesquisadores descobriram que eles ativam outras células imunológicas, as chamadas células assassinas naturais, que ajudam a combater o vírus.
Agora será necessário iniciar estudos clínicos para aferir a eficácia e a segurança da terapia em pacientes humanos.
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