Neurofeedback
Tratamentos de neurofeedback - ou retroinformação neurológica - usando eletroencefalografia já conquistaram milhares de praticantes, que utilizam a técnica para melhorar a função normal do cérebro e aliviar uma grande variedade de transtornos mentais, da ansiedade ao alcoolismo.
Contudo, depois de examinar a literatura científica e consultar especialistas na Europa e nos EUA, os pesquisadores Robert Thibault e Amir Raz, da Universidade McGill (EUA), afirmam que a alegada melhora clínica dessa terapia cada vez mais popular é devida ao efeito placebo.
"O neurofeedback simulado gerou tantas melhoras quanto o neurofeedback verdadeiro com eletroencefalografia. Os pacientes gastam milhares de dólares e dedicam até seis meses treinando seu cérebro com neurofeedback. No entanto, eles estão lapidando processos elusivos do cérebro," escreve a dupla na revista científica Lancet Psychiatry.
Influências psicológicas e sociais
Os pesquisadores recomendam que as futuras pesquisas sobre o tema devem ter como foco as influências psicológicas e sociais que são responsáveis pela melhora clínica observada durante esses tratamentos.
Ou seja, eles reconhecem que o processo gera melhoras; contudo, como não puderam explicar essas melhoras pelo uso da técnica, eles consideram que deve haver outros fatores que as estejam gerando.
Também é necessário, segundo eles, estudar como aplicar esses elementos "de uma forma que seja ao mesmo tempo cientificamente criteriosa e eticamente aceitável".
Mas eles fazem uma ressalva: ao contrário do neurofeedback com eletroencefalografia, os estudos que usaram a técnica de ressonância magnética funcional "parecem abrir uma rota promissora, ainda que frágil [com base nas evidências atuais]" para o cobiçado "cérebro auto-regulado".
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