Vírus Zika
O Ministério da Saúde confirmou um total de 16 casos de infecções causadas pelo vírus zika no país - oito na Bahia e oito no Rio Grande do Norte.
A doença é transmitida por meio da picada do Aedes aegypti, mesmo mosquito transmissor da dengue e da chikungunya.
O zika vírus foi isolado pela primeira vez em 1947, a partir de amostras de macacos usados como sentinelas para a detecção da febre amarela, na Floresta Zika, em Uganda.
Ele é considerado endêmico no leste e oeste do continente africano e há registro de circulação esporádica também na Ásia e na Oceania.
Nas Américas, ele já havia sido identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile no Oceano Pacífico, em 2014. Casos importados foram descritos no Canadá, na Alemanha, na Itália, no Japão, nos Estados Unidos e na Austrália.
"Existem dois tipos de cepas do Zika vírus: uma asiática e outra africana. O resultado do sequenciamento do genoma inicialmente indica que trata-se da cepa asiática, mas ainda vamos aprofundar a investigação", esclarece a pesquisadora. Cláudia Duarte dos Santos, da Fiocruz Paraná, onde foram analisadas as oito amostras coletadas no Rio Grande do Norte.
Herança da Copa
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que o governo brasileiro já trabalhava com a possibilidade de entrada do vírus no país em razão do alto fluxo de turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo, no ano passado.
Segundo o ministério, o zika vírus tem evolução benigna, caracterizada por febre baixa, olhos vermelhos sem secreção e sem coceira, dores nas articulações e erupção cutânea com pontos brancos e vermelhos, além de dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.
Contudo, há registro inclusive de danos neurológicos quando há infecção associada com os vírus da dengue ou chikungunya, transmitidos pelo mesmo pernilongo.
A doença tem um período de incubação de cerca de quatro dias e os sinais e sintomas podem durar até sete dias. A maior parte dos casos não apresenta sintomas e não há registro de morte associada ao vírus zika.
O tratamento é sintomático com uso de paracetamol para febre e dor, conforme orientação médica. Não está indicado o uso de ácido acetilsalicílico e de drogas anti-inflamatórias por conta do risco aumentado de complicações hemorrágicas, como também ocorre com a dengue.
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