Começaram os testes em macacos da vacina contra o HIV, que está sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em parceria com o Instituto Butantan.
Quatro animais começaram a ser imunizados com a vacina que contém partes do vírus HIV.
A seguir, os animais receberão um vírus modificado que causa o resfriado como parte dos estudos para desenvolver o imunizante.
Segundo Edécio Cunha Neto, um dos pesquisadores responsáveis por conduzir o projeto, o diferencial da vacina é usar partes do vírus que não se alteram.
"Um dos grandes problemas de se fazer uma vacina contra o HIV é que ele é hipervariável", ressalta ao explicar que o genoma do vírus pode varia até 20% entre dois pacientes. "Nos componentes que nós escolhemos para colocar na vacina estão somente as regiões mais conservadas do vírus, ou seja, aquelas que não variavam de um HIV para o outro", destacou.
Além de ter pouca variação, as partes do vírus foram selecionadas por provocarem forte reação no organismo da maioria das pessoas.
"Nós fizemos o que chamamos de desenho racional, para embutir dentro da nossa vacina mecanismos para que ela fosse capaz de dar uma resposta que funcionasse para os HIVs mais variados possíveis e que funcionasse em um número grande de pessoas," disse Edécio.
Após os testes com os quatro animais, serão feitos experimentos adicionais com um grupo de 28 macacos e três tipos de vírus diferentes, todos modificados com partes do HIV.
Ainda não há previsão de testes em seres humanos.
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