Glioblastoma
Colocado sobre o couro cabeludo do paciente, um dispositivo que dispara uma dose contínua de campos elétricos de baixa intensidade mostrou-se capaz de melhorar a sobrevivência e retardar o crescimento de um tumor cerebral fatal.
Embora esteja longe de representar uma cura, o tratamento experimental mostrou uma sobrevida para esses pacientes, que tipicamente vão a óbito em pouco mais de um ano.
"Este ensaio clínico estabelece um novo paradigma de tratamento que melhora substancialmente o desfecho em pacientes com glioblastoma e que pode ter aplicações em muitas outras formas de câncer," disse o Dr. Roger Stupp, da Universidade Northwestern (EUA), coordenador da equipe.
O estudo foi inteiramente financiado pela empresa fabricante do aparelho, incluindo pagamento de salários e honorários aos cientistas.
Campos elétricos de tratamento de tumor
O novo tratamento experimental para o glioblastoma usa correntes elétricas alternadas, chamadas campos de tratamento de tumor (TTFields), disparadas através de uma série de eletrodos afixados no couro cabeludo raspado do paciente.
Exceto por quebras ocasionais e trocas semanais de eletrodos, os pacientes usaram o dispositivo o tempo todo. Conectados por um cabo a um pequeno aparelho alimentado por bateria, os eletrodos fornecem continuamente um campo elétrico que chega ao tecido cerebral.
No ensaio clínico, a combinação da terapia de campos elétricos com a quimioterapia padrão permitiu uma melhora na sobrevivência dos pacientes recentemente diagnosticados com glioblastoma.
O tempo médio de sobrevivência para aqueles que receberam a terapia experimental foi de 20,9 meses, contra 16,0 meses para os pacientes que receberam apenas o tratamento químico padrão, com uma fração maior de pacientes vivos aos dois, três e quatro anos após o diagnóstico.
"Com a terapia [de campos elétricos] combinada com a radiação e a quimioterapia com temozolomida, até 43% dos pacientes com glioblastoma sobreviverão mais de dois anos," disse Stupp. "Em uma doença onde, até 2004, a grande maioria dos pacientes morria no prazo de um ano, este é mais um exemplo de como a pesquisa sistemática e interdisciplinar irá beneficiar pacientes no cuidado diário."
Ver mais notícias sobre os temas: | |||
Tratamentos | Terapias Alternativas | Câncer | |
Ver todos os temas >> |
A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.