05/11/2010

Casos de sarampo no país chegam a 57

Carolina Pimentel - Agência Brasil

Surto de sarampo

Os estados do Rio Grande do Sul, do Pará e da Paraíba confirmaram a ocorrência de 57 casos de sarampo este ano. Em 2006, um surto na Bahia registrou o mesmo número de doentes.

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou sete casos da doença. Desde agosto, foram identificados 103 casos suspeitos no estado, sendo que 94 foram descartados e dois continuam sob investigação.

A Paraíba contabiliza o maior número de doentes, 47. A incidência ocorre, principalmente, entre moradores da capital do estado, João Pessoa, e nas crianças com menos de 5 anos de idade.

Para conter o surto, as autoridades de saúde do município intensificaram a vacinação na faixa etária de 6 meses a 5 anos de idade desde o mês passado. Foram aplicadas 23.400 doses da tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) nas crianças. A meta é imunizar mais de 50 mil delas até a segunda quinzena deste mês.

Sarampo importado

No Pará, foram registrados três casos em julho. Segundo o Ministério da Saúde, todos os casos identificados no Brasil, nos últimos dez anos, são importados, ou seja, o vírus responsável pela contaminação nesse período é originário de outro país.

No Rio Grande do Sul, os primeiros doentes contraíram a doença na Argentina e, na Paraíba, o vírus é semelhante ao encontrado na África do Sul. No Pará, ainda não foi identificada a origem da doença.

Em setembro, o Brasil entregou à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) relatório para receber o certificado de país livre do sarampo. Segundo o ministério, os atuais casos da doença não interferem no pedido por serem relacionados a vírus proveniente de outro país.

Para ser considerada transmissão dentro do país, o vírus precisa circular por um ano. A última vez ocorreu em Mato Grosso do Sul, em 2000.

Sarampo

O sarampo é uma doença contagiosa transmitida pelo ar quando o doente respira, tosse, espirra ou fala.

Os sintomas são febre alta, tosse rouca, conjuntivite, coriza, perda do apetite e manchas avermelhadas na pele. A vacina é a medida mais eficaz de prevenção.

A dose é recomendada a partir de 1 ano de idade e está disponível nos postos de saúde.

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