Monitoramento de comprimido eletrônico
Os comprimidos inteligentes, também conhecidos como pílulas eletrônicas, são muito promissores para monitorar o que acontece no nosso trato gastrointestinal, mas nem sempre é fácil monitorar onde elas estão ou de onde estão coletando os dados.
Para isso, Angsagan Abdigazy e colegas da Universidade do Sul da Califórnia (EUA) criaram um novo sistema alimentado por inteligência artificial que permite rastrear esses dispositivos digitais, facilitando o monitoramento em tempo real de biomarcadores de doenças no intestino.
Pílulas eletrônicas integradas a este novo sistema poderão ajudar os pacientes a monitorar a saúde do seu trato gastrointestinal em casa, sem a necessidade de testes invasivos em laboratórios ou ambientes hospitalares.
Outra vantagem é que a tecnologia permite a detecção precisa de gases.
Os gases que se formam no intestino quando as bactérias decompõem os alimentos podem fornecer informações importantes sobre a saúde de uma pessoa, o que hoje exige métodos diretos, como coleta de flatos por uma sonda intestinal, ou métodos indiretos, como teste respiratório e análise de fezes. As cápsulas ingeríveis oferecem uma alternativa promissora, mas nenhuma tecnologia desse tipo havia desenvolvida até agora para a detecção precisa de gases.
Bobina de vestir
O sistema inclui uma bobina vestível, que o usuário pode esconder sob uma camiseta ou outra roupa. A bobina cria um campo magnético que interage com os sensores embutidos em uma pílula ingerível. A IA analisa os sinais que a pílula recebe, identificando onde o dispositivo está no intestino, com uma precisão de milímetros. Enquanto isso, a pílula inteligente mede as concentrações 3D de amônia em tempo real, um gás geralmente associado a úlceras e câncer gástrico.
A tecnologia também pode ter outras aplicações, como a identificação de inflamação no intestino causada pela doença de Crohn e a distribuição de medicamentos precisamente para essas regiões.
"Os resultados bem-sucedidos destes testes deixarão o dispositivo mais próximo da prontidão para testes clínicos em humanos," disse o professor Yasser Khan. "Estamos otimistas quanto à praticidade do sistema e acreditamos que em breve ele será aplicável para uso em seres humanos."
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