13/06/2017

Sensor detecta vírus da gripe com precisão e rapidez inéditas

Redação do Diário da Saúde
Sensor detecta vírus da gripe com precisão e rapidez inéditas
O plástico condutor detecta os sinais elétricos gerados na interação de trissacarídeos com a hemaglutinina no envelope do vírus da gripe humana A(H1N1).
[Imagem: Departmento de Bioeletrônica/TMDU]

Sensor do vírus da gripe

Pesquisadores japoneses desenvolveram um biossensor de resposta rápida para a detecção precoce de pequenas concentrações do vírus da gripe humana A(H1N1).

O sensor se mostrou quase 100 vezes mais sensível do que os testes convencionais e ainda consegue distinguir entre as cepas do vírus que causam a gripe em humanos e aquelas que causam a gripe em aves. Pela sua rapidez de funcionamento, o biossensor pode se tornar uma ferramenta para serviços de pronto-atendimento, ajudando a prevenir o aparecimento de pandemias de gripe.

Esse diagnóstico em estágio inicial é crucial para que se tomem medidas para evitar a proliferação de um determinado vírus, evitando surtos ou epidemias, uma vez que a medicação antiviral deve ser administrada em tempo hábil.

Os testes convencionais para detectar o vírus da gripe geralmente são caros, demoram para dar o resultado e muitas vezes não conseguem detectar infecções virais precocemente - é por isso que você nunca sabe se está com uma gripe de verdade ou com um simples resfriado.

Biossensor orgânico

O novo biossensor detecta concentrações de vírus quase 100 vezes menores do que o limite dos kits atualmente disponíveis. Ele faz isso medindo pequenas mudanças elétricas em um polímero eletricamente condutor quando este entra em contato com o vírus.

Os polímeros condutores são uma classe de moléculas à base de carbono - essencialmente plásticos - que conduzem eletricidade, mas que também podem ser usados em ambientes biológicos. Além disso, eles são adequados para aplicações em biossensores porque é fácil anexar-lhes biomoléculas, o que permite que os polímeros capturem alvos específicos, como um determinado vírus.

Neste estudo, o polímero condutor PEDOT [poli(3,4-etilenodioxitiofeno)] foi modificado com um grupo funcional que se liga ao vírus da gripe humana H1N1, mas não às cepas de gripe aviária. Isto é feito detectando os sinais elétricos gerados na interação de trissacarídeos com a hemaglutinina no envelope do vírus da gripe humana A(H1N1).

"Desenvolvemos um sensor feito com um polímero condutor que pode reconhecer um vírus específico, o que o torna um bom candidato para monitoramento pessoal e como teste para uso em pontos de pronto-atendimento," resumiu o professor Yuji Miyahara, da Universidade Médica e Odontológica de Tóquio (TMDU).

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