Exorroupa
Uma roupa robótica autônoma e sem fios permitiu que pessoas que sofreram acidente vascular cerebral com hemiparesia aumentassem significativamente a velocidade de caminhada - um ganho médio de 0,14 metro por segundo, com o melhor caso ganhando 0,28 metro por segundo.
O AVC é a principal causa de incapacidade grave a longo prazo. Cerca de 8 em cada 10 sobreviventes de derrame sofrem de "hemiparesia", uma paralisia que normalmente afeta os membros e os músculos faciais de um lado do corpo e muitas vezes causa graves dificuldades para caminhar, perda de equilíbrio com um risco aumentado de queda, bem como fadiga muscular acelerada durante esforços.
Os mesmos seis indivíduos que serviram como voluntários, quando solicitados a caminhar o máximo possível em 6 minutos, conseguiram ir 32 metros mais longe, em média.
Embora carregue sua própria bateria e seja dotada de motores, a equipe das universidades de Harvard e Boston prefere não chamar seu aparato de exoesqueleto - como o dispositivo é macio e mais flexível do que outras versões, eles preferem chamá-lo de "exorroupa".
Aplicações terapêuticas da robótica
Para permitir a recuperação de pacientes com AVC, muitas equipes estão trabalhando em exoesqueletos robóticos para reabilitação. Embora agora haja uma variedade de dispositivos interessantes, permitindo até que pacientes mais graves andem novamente, os aparelhos são grandes e pesados - e caros.
"Os níveis de melhoria de velocidade e distância que encontramos em nosso estudo exploratório excederam nossas expectativas para um efeito imediato, sem qualquer treinamento, e destacam a promessa da tecnologia de exorroupa," disse o professor Lou Awad.
A exorroupa pesa menos de cinco quilogramas, é alimentada por uma bateria e impulsionada por um atuador apoiado no quadril. A energia mecânica é fornecida aos tornozelos por meio de um cabo. Além do baixo peso e do potencial de reduzir as assimetrias da marcha, o paciente usa apenas o atuador no lado prejudicado, diferentemente dos sistemas de exoesqueletos rígidos.
"Nossas equipes clínicas e de engenharia das universidades de Harvard e de Boston estão altamente motivadas por esses resultados para refinar a tecnologia e estudar seu impacto imediato em sobreviventes de AVC com uma ampla gama de habilidades de caminhada. Também estamos ansiosos para explorar aplicações terapêuticas em ambientes clínicos e caminhada diária no lar e na comunidade," disse Awad.
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