Custo da paz
É cada vez maior a preocupação com os tratamentos paliativos, dando dignidade e bem-estar ao paciente depois que se esgotaram todos os recursos terapêuticos.
Contudo, técnicas de acompanhamento holístico frequentemente esbarram nos argumentos de custos.
Mas a Dra. Deborah Cook, da Universidade de McMaster (EUA), demonstrou que custa muito pouco honrar os últimos desejos dos pacientes, o que os ajuda a manter o significado de suas vidas, suas memórias e a passar em paz pelo processo de morrer.
Dignificar a morte e celebrar a vida
O projeto, que continua funcionando, envolve um pesquisador ou médico do paciente usar de toda a sensibilidade para identificar três desejos do paciente terminal ou da família para honrar aquele que se prepara para partir.
"Nós desenvolvemos este projeto para tentar trazer paz aos dias finais de pacientes criticamente doentes e para facilitar o processo de luto," explica Deborah.
"Para os pacientes nós queremos dignificar suas mortes e celebrar suas vidas; para os membros da família, queremos humanizar a experiência de morrer e criar memórias positivas; e, para os médicos, queremos fomentar a assistência ao paciente e cuidados centrados na família," esclarece ela.
Últimos desejos
Os desejos mais relatados pelos pacientes e suas famílias envolvem cinco áreas:
A equipe conseguiu viabilizar 97,5% dos desejos dos pacientes e das famílias, a um custo que variou de zero a US$ 200 por paciente.
Que família não se disporia a pagar tão pouco para satisfazer o último desejo de um ente querido?
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