11/03/2010

Quando coisas ruins acontecem com pessoas boas - nos hospitais

Redação do Diário da Saúde

Tratamentos que dão errado

Quando você segue um tratamento orientado por um médico, ou quando vai a um hospital, você espera sair melhor do que entrou, certo?

Infelizmente, coisas ruins acontecem com pessoas boas também na área de saúde, e tratamentos médicos profissionais também podem dar errado. E frequentemente dão.

Mortes evitáveis

As Dras Barbara Hoffmann e Julia Rohe fizeram um estudo com dados apenas do seu país, a Alemanha, e descobriram que, somente lá, cerca de 17.000 mortes por ano são ocasionadas por erros de tratamento que poderiam ser evitados.

A pesquisa deu origem não apenas às explicações das razões desses "eventos adversos", como também a um guia com uma série de recomendações para a adoção de medidas que garantam uma melhor segurança dos pacientes.

O estudo foi publicado na revista médica Deutsches Ärzteblatt International.

Eventos adversos

As conclusões das médicas mostram que os tratamentos médicos não são tão seguros como deveriam ser, e menos ainda do que os pacientes acreditam que são.

"Eventos adversos" são todos os problemas ou danos ocorridos durante o atendimento aos pacientes que não são devidos à própria doença.

As autoras discutem problemas em áreas tanto de internação - atendimentos hospitalares propriamente ditos - quanto ambulatorial - atendimentos e tratamentos conduzidos a partir de consultórios médicos.

Problemas nos hospitais

Por exemplo, o trabalho por turnos nos hospitais exige uma complexa organização do trabalho e numerosos processos de planejamento e de comunicação. O problema é que as informações podem se perder em cada uma das interfaces entre os profissionais que entram e os que saem.

Além disso, as mãos dos profissionais nem sempre são higienizadas adequadamente e há erros no fornecimento de medicamentos e de encaminhamento entre a farmácia do hospital e o quarto dos pacientes.

Problemas nos consultórios médicos

Mas a grande maioria dos pacientes são atendidos e tratados como pacientes ambulatoriais, no consultório dos médicos.

Aqui os erros de diagnóstico são não apenas possíveis, como comuns. Mas o monitoramento desses erros é mais difícil, já que não há nenhum arquivo de pacientes comum a todos os médicos envolvidos que auxilie na identificação do erro.

A taxa real de eventos adversos evitáveis é uma questão controversa entre os profissionais de saúde. As autoras recomendam uma análise cuidadosa, a divulgação consistente dos dados e uma análise sistemática dos erros ocorridos de forma a evitá-los no futuro.

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