15/08/2016

Cientistas criam proteínas artificiais

Redação do Diário da Saúde
Cientistas criam proteínas artificiais
"Isto abre o caminho para testar inúmeras combinações novas, o que poderá criar novas proteínas artificiais com funções que a própria natureza não criou, mas que nós precisamos."
[Imagem: University of Southern Denmark]

Trabalhadores versáteis

Uma equipe de pesquisadores da Dinamarca desenvolveu uma nova classe de proteínas artificiais.

A natureza criou uma série de proteínas, que têm as mais variadas formas e com inúmeras funções no nosso corpo. Elas são os principais blocos de construção do organismo e os que mais trabalham. Por exemplo, algumas delas são responsáveis pela força dos músculos, enquanto outras se certificam de que as células recebam as mensagens que precisam para saber o que fazer.

Apesar dessa diversidade natural, nos últimos 20 anos tem havido um grande interesse científico na criação de proteínas artificiais, em parte com vistas ao desenvolvimento de novos medicamentos.

A expectativa é que essas proteínas sintéticas possam gerar melhores tratamentos para doenças como diabetes e câncer.

Proteínas artificiais

As proteínas artificiais foram feitas a partir de compostos fundamentais chamados oligonucleotídeos, moléculas curtas de DNA, que foram combinadas com peptídeos, que são pequenas proteínas. Os peptídeos se enrolaram em torno uns dos outros, criando uma proteína que não existe na natureza.

"Isto abre o caminho para testar inúmeras combinações novas, o que poderá criar novas proteínas artificiais com funções que a própria natureza não criou, mas que nós precisamos," disse o professor Jesper Wengel, da Universidade do Sul da Dinamarca.

"Quando você trabalha com proteínas artificiais, você tem melhor controle sobre as propriedades das proteínas. Isso é importante quando você está desenvolvendo medicamentos e enzimas novas. Em geral, as proteínas têm uma vida muito curta no corpo, um parâmetro-chave que pode ser melhorado para as proteínas artificiais," acrescentou Knud Jensen, professor da Universidade de Copenhague, coautor do trabalho.

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