Galectina-1
Uma proteína produzida pelo corpo humano desponta como candidata a novo medicamento para condições que levam à insuficiência renal aguda.
Os experimentos indicam que a proteína galectina-1 tem ação anti-inflamatória capaz de minimizar o dano celular causado no rim em situações de hipóxia (falta de oxigênio nos tecidos) e reperfusão (restabelecimento do fluxo sanguíneo), processo lesivo inerente aos procedimentos de transplante e que resulta em insuficiência renal.
"O interessante é que a galectina-1 teve ação na diminuição dos marcadores pró-inflamatórios e aumento dos anti-inflamatórios," disse a pesquisadora Carla Patrícia Carlos, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São José do Rio Preto.
A galectina-1 produzida artificialmente já é um produto comercial, mas não para uso médico.
No caso dos problemas renais geralmente são usados corticoides, um tipo de medicamento utilizado como anti-inflamatório e imunossupressor, mas que pode apresentar uma série de efeitos adversos, como hiperglicemia e tendência ao diabetes, dependência, vulnerabilidade a infecções e câncer, hipercoagulabilidade sanguínea, entre outros.
"Embora ainda não tenha uso clínico, no futuro [a galactetina-1] poderá se tornar uma alternativa ao corticoide para esse tipo de lesão. Mostramos que essa proteína diminuiu marcadores de inflamação como as citocinas, responsáveis por ativar e modular a resposta imunológica. Além disso, houve redução da morte celular e do estresse oxidativo causado pelo dano celular," disse Carla.
A equipe pretende agora pesquisar o efeito anti-inflamatório da galectina 1 quando a substância é usada em outros órgãos.
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