12/04/2016

Plantas da Amazônia serão base para larvicida contra Aedes aegypti

Com informações da Agência Brasil

Nanoemulsões

Pesquisadores da Universidade Federal do Amapá estão estudando o potencial de plantas da Amazônia no controle de mosquitos vetores no Brasil - em especial, o Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, febre chikungunya e zika.

A equipe está analisando extratos vegetais e óleos essenciais das plantas e sintetiza as chamadas nanoemulsões - substâncias concentradas e que têm princípios ativos que podem, por exemplo, matar larvas de mosquito ou afastar picadas de inseto.

"Já temos mais de cinco substâncias que se mostraram extremamente eficientes na atividade larvicida e que são oriundas de plantas testadas", revelou o professor do Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde, Raimundo Nonato.

"A prioridade foi dada por causa da necessidade iminente de desenvolver substâncias que possam colaborar para o controle das larvas de forma ecologicamente mais correta, causando danos menores ao meio ambiente", adicionou, revelando que um dos avanços alcançados pelo grupo foi publicado recentemente na revista científica Plus One.

Custo menor

Um dos benefícios do uso de extratos naturais de plantas é a diminuição do custo dos produtos.

"A produção, nesses casos, tende a ter um custo menor, mas não é algo simples de se fazer. Para que se produza um inseticida natural em grande escala, é necessário dominar técnicas de cultivo e um conhecimento paralelo da parte agronômica," disse o pesquisador.

Pelo ritmo dos trabalhos, a previsão do pesquisador é de que, com mais um ano de estudo, a equipe consiga chegar à formulação final dos primeiros produtos.

Em seguida, será iniciado o processo de pedido de patente e o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Sendo otimista, mais dois anos, no máximo".

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