Estimulação magnética
A possibilidade de reabilitação de pacientes com danos na medula espinhal ganhou novas esperanças.
Dois pacientes com lesões que paralisaram seus membros receberam uma forma experimental de tratamento que combina a estimulação magnética transcraniana com a estimulação simultânea do nervo periférico - a terapia foi aplicada durante seis meses.
Os resultados foram entusiasmantes para uma condição que até agora não tem tratamento, condenando as pessoas à deficiência física pelo restante de suas vidas.
Após cerca de seis meses do tratamento de estimulação, o primeiro paciente, que era paraplégico, já conseguia dobrar os dois tornozelos, enquanto o outro paciente, tetraplégico, conseguia pegar e segurar um objeto com as mãos.
"Nós observamos um reforço das conexões neurais e uma restauração parcial do movimento de músculos que os pacientes previamente eram inteiramente incapazes de usar," explica o Dr. Anastasia Shulga, da Universidade de Helsinque (Finlândia).
Recuperação de lesões na medula
Esta foi a primeira vez que foram feitas tentativas para reabilitar pacientes paralisados em razão de uma lesão da medula espinhal por meio de tratamentos não invasivos de estimulação a longo prazo.
Ambos os pacientes tinham sofrido o acidente há mais de dois anos e tinham recebido tratamentos de reabilitação convencionais em toda a sua recuperação - esses tratamentos continuaram durante o tratamento de estimulação.
O movimento restaurado durante a terapia de estimulação magnética e elétrica permaneceu por um mês depois que o tratamento foi encerrado. Um dos pacientes está agora participando de um estudo mais aprofundado, no qual a estimulação será aplicada mais extensivamente e por um período ainda mais longo.
"Este é um estudo de caso com apenas dois pacientes, mas achamos que os resultados são promissores. Mais estudos são necessários para confirmar se a estimulação pode ser usada juntamente com a reabilitação a longo prazo após a lesão medular, sozinha ou, possivelmente, em combinação com outras estratégias terapêuticas," disse Jyrki Mäkelä, coautor do experimento.
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