Criatividade e movimento
Já se sabe que os exercícios físicos melhoram a criatividade.
Na verdade, essa é uma percepção que tem mais de 2.000 anos - ela já era conhecida pelos filósofos da Grécia antiga.
No entanto, qual é a conexão entre movimento e cognição do ponto de vista científico? O que acontece no cérebro quando nos exercitamos? As pessoas que raramente se movem seriam então menos criativas?
"Nossa pesquisa mostra que não é o movimento em si que nos ajuda a pensar de forma mais flexível," explica a neurocientista Barbara Handel, da Universidade Julius-Maximilians de Wurzburg (Alemanha). "Em vez disso, a liberdade de fazer movimentos autodeterminados é que é responsável por isso."
Assim, mesmo pequenos movimentos enquanto você permanece sentado podem ter os mesmos efeitos positivos no pensamento criativo.
Não há receita: Mexa-se aleatoriamente, "provando" a si mesmo que você pode fazer o movimento que desejar, desde que não caia, não saia trombando nas coisas e não fique repetindo sempre o mesmo movimento. "O importante é a liberdade de movimento sem constrangimentos externos," destaca Handel.
Muitas perguntas
Pesquisadores como Barbara Handel e sua colega Supriya Murali estão interessados nessas questões por vários motivos.
A longo prazo, suas descobertas podem contribuir não apenas com novas técnicas para desenvolver a criatividade e os processos cognitivos, como também levar a uma melhor compreensão de doenças que afetam os movimentos do corpo.
Para isso, elas continuarão seu trabalho com pacientes acometidos pelo Mal de Parkinson.
Entre as questões que pretendem pesquisar, elas citam: Como as pessoas percebem seu ambiente? Que efeito os estímulos sensoriais têm no sistema nervoso periférico e no cérebro? Que influência os movimentos do corpo têm na percepção dos estímulos sensoriais?
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