04/10/2011

Órtese ativa auxilia portadores de lesão medular

Redação do Diário da Saúde
Órtese ativa auxilia portadores de lesão medular
Uma das grandes novidades deste modelo de órtese ativa é a concepção mecânica da articulação do joelho, que incorpora dois sistemas independentes para a ação e o bloqueio da articulação.
[Imagem: UPC]

Órtese personalizada

Pesquisadores espanhóis criaram uma órtese ativa que ajuda as pessoas com lesões parciais na medula espinhal a caminhar.

O primeiro protótipo desenvolvido na Universidade Politécnica da Catalunha aciona os músculos afetados por uma lesão medular incompleta.

A órtese ativa controla joelho e tornozelo, usando acionadores mecânicos e elétricos.

Mas o objetivo do projeto é mais ambicioso, incluindo o desenvolvimento de dispositivos auxiliares personalizados para cada caso específico de lesão medular.

Essa personalização vai melhorar a autonomia do paciente e sua adaptação ao dispositivo.

Órtese ativa

Uma das grandes novidades deste modelo de órtese ativa é a concepção mecânica da articulação do joelho, que incorpora dois sistemas independentes para a ação e o bloqueio da articulação.

Desta forma, o dispositivo oferece um apoio mais adequado às diferentes fases do caminhar do que os sistemas atualmente comercializados.

A nova órtese ativa é resultado de um projeto que reúne robótica e ortopedia, juntando o acionamento mecânico controlado eletronicamente com um equipamento que deve ser cômodo e leve.

Outro ganho é o baixo consumo de energia, o que favorece a autonomia do dispositivo - o bloqueio do joelho é mecânico, e não elétrico.

O motor, localizado ao lado do joelho, é ativado ou desativado a partir de sensores nas solas dos pés, que indicam quando a planta do pé toca o chão.

Sensores adicionais medem o ângulo das articulações para saber o estágio do caminhar que o usuário está executando.

Exoesqueletos e órteses passivas

Hoje, os aparelhos ortopédicos mais usados são órteses passivas, que não auxiliam o movimento externo do joelho.

Há também os exoesqueletos para toda a perna, que incorporam seis atuadores para as articulações dos quadris, joelhos e tornozelos. Mas esta complexidade torna o equipamento mais pesado e mais caro, além de serem projetados para pessoas com lesão medular total.

O que é uma lesão da medula espinhal?

Uma lesão medular, como é o caso de mielopatia, é uma alteração da medula espinhal que pode causar uma perda da sensibilidade ou da mobilidade.

Ela pode ser causada por trauma, devido a acidentes de automóvel, por exemplo, por um disco intervertebral rompido, ou por algumas doenças como a poliomielite, a espinha bífida, tumores primários ou metastáticos, ataxia de Friedreich ou osteíte hipertrófica da coluna vertebral.

Os efeitos de uma lesão da medula espinhal podem ser do tipo completo, em que a função motora é perdida abaixo do nível da lesão, ou do tipo incompleto, quando a pessoa afetada pode ter alguma sensação abaixo do nível da lesão.

Pessoas com lesão incompleta podem ser capazes de mover mais um membro do que o outro, podem sentir partes do corpo não conseguem mover ou podem ter mais funcionalidade em algumas partes do corpo do que em outras.

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