Atualização - 18/02/2022
Atenção: A empresa responsável pela fabricação e implantação do dispositivo coberto por esta reportagem está sendo acusada de retirar o implante do mercado e deixar os pacientes sem peças de reposição para consertar seus olhos biônicos Argus II.
A reportagem não foi alterada: Use suas informações com prudência.
Argus II
Cirurgiões realizaram os primeiros implantes de uma nova tecnologia que consegue restaurar parcialmente a visão de pacientes cegos.
A retina artificial, ou "olho biônico", que foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration - EUA) no final do ano passado, foi implantada em dois pacientes na Universidade de Michigan.
O olho biônico - chamado Sistema de Prótese Retinal Argus II - foi desenvolvido para pacientes que perderam a visão por retinite pigmentosa, uma doença degenerativa dos olhos.
A retinite pigmentosa é uma doença degenerativa da retina, hereditária, que causa uma lenta mas progressiva perda de visão devido a uma perda gradual das células da retina sensíveis à luz, chamadas cones e bastonetes.
Recuperação e treinamento
Os cirurgiões realizaram o primeiro implante em 16 de janeiro e um segundo implante em 22 de janeiro.
Contudo, o anúncio só foi feito agora porque a prótese de retina não é ativada até que o paciente tenha-se recuperado suficientemente da cirurgia.
Além disso, o paciente deve ser submetido a um treinamento para se adaptar à nova visão, um processo que pode durar de um a três meses.
"Estamos satisfeitos com o progresso de ambos os pacientes neste momento, e estamos esperançosos e otimistas de que a retina artificial lhes permitirá ver objetos, luzes e pessoas diante deles," diz Thiran Jayasundera, que fez os implantes juntamente com seu colega David Zacks.
Como funciona a retina artificial
O olho biônico é implantado cirurgicamente em um dos olhos.
O indivíduo precisa usar óculos equipados com uma câmera que captura as imagens e as converte em uma série de pulsos elétricos fracos.
Os impulsos são transmitidos sem fios para a prótese e o conjunto de eletrodos na superfície da retina.
Esses pulsos estimulam os cones e bastonetes remanescentes na retina, resultando na percepção de padrões de luz no cérebro.
O paciente então aprende a interpretar esses padrões visuais, recuperando assim alguma função visual.
Isso é suficiente para que a pessoa localize luzes e janelas, ande por uma faixa de pedestres ou evite trombar com as coisas enquanto caminha.
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