29/06/2017

O dilema das mães: Trabalhar fora ou não

Redação do Diário da Saúde
Mães: trabalhar fora ou ficar com os filhos
As mães melhor ajustadas são aquelas que seguem o estilo de vida que preferem - qualquer que seja ele.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Ajustar-se entre trabalho e maternidade

O centro da vida de uma mãe tende a ser seus filhos e sua família. Mas ser mãe é um dos aspectos da vida de uma mulher, e se a mulher não está feliz, seja em ficar com as crianças, seja com o trabalho fora de casa, então ela e todos próximos a ela podem sofrer.

Pesquisadores da Universidade do Estado do Arizona entrevistaram mais de 2.000 mães para detectar seu bem-estar em termos não só de trabalharem fora de casa, mas também se queriam trabalhar ou prefeririam ficar em casa com seus filhos.

Os resultados mostram que as mães melhor ajustadas são aquelas que seguem o estilo de vida que preferem - qualquer que seja ele.

"Não se trata apenas de trabalhar fora versus ser uma mãe em casa que faz a diferença. Constatamos que as mulheres que estavam vivendo em sincronia com sua própria preferência apresentavam um ajuste geral positivo. Por outro lado, as 'mães desalinhadas' [com suas preferências pessoais] experimentavam uma grande angústia e infelicidade," conta a pesquisadora Suniya Luthar.

Querer e não poder

Os pesquisadores examinaram o bem-estar das mães em quatro grupos: as que estavam empregadas e queriam mesmo trabalhar; as que não estavam empregadas e não queriam mesmo trabalhar; as que estavam empregadas porque precisavam do dinheiro e as que não estavam empregadas, mas queriam trabalhar.

No geral, as mães nos dois primeiros grupos - "alinhadas" com suas próprias expectativas - relataram melhor ajuste em vários indicadores, muito mais do que nos dois outros grupos, com as mães "desalinhadas" com as próprias expectativas.

As mães que se arrependiam de ficar em casa eram as mais sofriam psicologicamente, apresentando níveis mais baixos de satisfação, níveis mais elevados de vazio e solidão, mais sentimentos de rejeição em relação a seus filhos e mais relatos de maior desajuste entre as crianças.

"Faz sentido," comentou Luthar. "Para as mulheres que queriam muito aplicar seus diplomas educacionais e habilidades de carreira no trabalho, mas, por qualquer motivo, precisavam ficar em casa, é compreensível que elas enfrentem sentimentos de vazio e falta de satisfação".

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