Apesar de ser ainda considerado um assunto tabu, a disfunção erétil, mais conhecida como impotência sexual, pode estar relacionada a outras doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares e alterações hormonais.
Aproveitando a campanha Novembro Azul, que acentua a importância dos cuidados com a saúde masculina, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) ressalta que praticamente todos os casos de impotência são reversíveis, mas é preciso buscar ajuda.
"A maior parte dos casos tem um tratamento. Existem várias linhas de procedimentos e o paciente consegue melhorar a qualidade da ereção," explicou André Cavalcanti, presidente da SBU no Rio de Janeiro.
Opções terapêuticas
Para Cavalcanti, geralmente a disfunção erétil em jovens costuma ter fundo psicológico, e pode ser tratada com terapia.
Mas quando o problema é fisiológico, existem outras alternativas.
Segundo a SBU, um dos mais conhecidos são os medicamentos orais, normalmente recomendados para a fase inicial de tratamento. As quatro substâncias autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária atuam na melhoria do fluxo de sangue para o pênis e apresentam taxas de sucesso (ereções suficientes para penetração) que variam de 56% a 84%. Apesar disso, não funcionem para até 30% dos homens.
Nesta fase inicial, ainda há a alternativa de aplicar supositórios diretamente no canal da uretra. A medicação é absorvida e promove a ereção em 20 minutos. Menos invasivos que as injeções penianas, os supositórios oferecem resposta satisfatória de 30% a 40%.
Como segunda linha de tratamento, caso os anteriores não sejam indicados ou não funcionem, existem os medicamentos injetáveis. O próprio paciente aplica a injeção no pênis para estimular a ereção.
Para os pacientes sem sucesso com as terapias clínicas e para quem tem disfunção erétil irreversível, a cirurgia de implante de prótese peniana pode ser a saída. O grau de satisfação chega a 97% e vem sendo cada vez mais utilizada no mundo.
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