Estimulação elétrica
O simples ato de andar pode alimentar um dispositivo estimulador implantável que acelera o tratamento de doenças musculoesqueléticas, incluindo lesões graves de atletas.
Pesquisadores estabeleceram as bases de engenharia para uma nova gama de dispositivos estimuladores que permitem controlar a regeneração do tecido musculoesquelético para tratar lesões e doenças dos tendões e lesões esportivas, sem o uso de medicamentos ou estimulação externa.
Para isso, eles criaram um sistema estimulador elétrico que usa um material piezoelétrico - que produz eletricidade quando esticado ou colocado sob pressão mecânica. O material é feito usando um suporte de nanofibras que têm um milésimo da espessura de um fio de cabelo humano.
Conforme a pessoa anda, o dispositivo gera eletricidade que é dirigida especificamente ao local da lesão, estimulando e dirigindo o crescimento dos nervos danificados.
A estimulação elétrica, ou eletroterapia, tem sido largamente testada na recuperação de nervos e músculos, incluindo a recuperação de movimentos com implantes elétricos na espinha, mas a aplicação da eletricidade é delicada, geralmente exigindo equipamentos de laboratório ou técnicas cirúrgicas.
Com esta técnica, a estimulação é implantada no paciente quase como se fosse um curativo que não exige nem mesmo baterias, uma vez que o dispositivo implantável é alimentado pelo próprio movimento do corpo.
"Uma das partes mais interessantes do nosso estudo é que esses dispositivos implantáveis podem ser personalizados para pacientes ou distúrbios individuais e podem se mostrar promissores na aceleração do reparo de lesões de tendão relacionadas ao esporte, particularmente em atletas," disse o Dr. Manus Biggs, da Universidade Nacional da Irlanda.
Eletricidade para recupera o tendão
Os primeiros testes demonstraram que essa terapia elétrica, associada a exercícios, é promissora no tratamento de doenças ou rupturas do tendão. A função e o reparo das células do tendão podem ser controlados por meio da dosagem da estimulação elétrica aplicada ao nervo.
"Nossa descoberta mostra que uma carga elétrica é produzida na área alvo do tratamento - o tendão danificado ou ferido - quando o dispositivo implantado é esticado durante a caminhada. O que potencialmente vira o jogo aqui é algo como um interruptor de energia em uma célula - o estímulo elétrico liga os processos regenerativos específicos no tendão danificado," disse o Dr. Marc Fernandez, membro da equipe.
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