O Bahiafarma, laboratório público fechado desde 1996, foi reaberto depois de investimentos de R$ 27 milhões feitos pelo Ministério da Saúde.
A ação é resultado das políticas do Ministério da Saúde de apoio à produção nacional de medicamentos e desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde.
Na ocasião, foi apresentado o primeiro medicamento a ser produzido pelo laboratório público, a Cabergolina, indicado para tratamento hormonal feminino.
O Cabergolina é utilizado no tratamento para o aumento e inibição da produção do leite, além outras disfunções associadas, como ausência de menstruação e de ovulação.
Atualmente, o Brasil importa o fármaco da Itália e da Argentina. Com a produção nacional, o país se torna independente da importação desse medicamento, e menos suscetível à instabilidade do câmbio. Somente no primeiro ano estima-se a economia de R$ 3,7 milhões.
Está prevista ainda a produção posterior de outros sete insumos, com estimativa de economia de R$ 34 milhões: Sevelâmer, para insuficiência renal crônica; o Everolimo e o Micofenolato Sódio, imunossupressores para transplantados; Etanercepte e Adalimumabe, para artrite reumatoide; Trastuzumabe, utilizado no tratamento de câncer de mama; e a vacina alergênica, para imunoterapia para asma.
As parcerias para transferência de tecnologias entre laboratórios permitem ao país a autonomia do processo de produção, desde o desenvolvimento até a disponibilização do medicamento no mercado. O domínio de todas as atividades de produção resulta em produtos de qualidade a preços competitivos, garantindo o abastecimento dos serviços públicos de saúde com redução da dependência internacional.
Economia da Saúde
O Complexo Industrial da Saúde envolve todo o conjunto de atividades relacionadas à saúde que tem uma dimensão na economia, na indústria farmacêutica, na indústria de equipamentos e materiais e todos os serviços da saúde. Hoje, a saúde responde por 10% do emprego qualificado no Brasil e reponde por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, de tudo o que o Brasil produz.
No total, o Ministério da Saúde assinou 104 'Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs)', com 79 parceiros envolvidos, sendo 19 laboratórios públicos e 57 privados, com 97 produtos (66 medicamentos, sete vacinas, 19 produtos para saúde e cinco pesquisas em desenvolvimento). As parceiras permitem negociar reduções significativas e progressivas de preços, na medida em que a tecnologia é transferida e desenvolvida.
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