Aterosclerose subclínica
Os médicos e cientistas trabalham duro para identificar e anunciar os fatores de riscos para os diversos problemas de saúde, mas parece que os fatores nem sempre têm a mesma importância para todas as pessoas.
Guiomar Mendieta e colegas da Espanha e dos EUA acabam de descobrir que as pessoas jovens são mais suscetíveis aos efeitos dos fatores de risco para o desenvolvimento da aterosclerose.
Segundo a equipe, esta descoberta "destaca a necessidade de implementar um controle agressivo dos fatores de risco cardiovasculares em idades mais jovens, exigindo uma mudança nas estratégias de prevenção primária para incluir a vigilância da aterosclerose subclínica e o controle precoce dos fatores de risco cardiovascular".
A aterosclerose envolve o acúmulo de placas de gordura nas artérias, podendo causar estreitamento ou bloqueio das artérias, por sua vez causando problemas sérios, como ataque cardíaco ou derrame. Já a aterosclerose subclínica é a condição em que há acúmulo de placas de gordura nas artérias mas não há sintomas.
Quanto mais jovem, maior o risco
A aterosclerose subclínica progride frequentemente em indivíduos de meia-idade, especialmente se os níveis de colesterol LDL e a pressão arterial estiverem ligeira ou moderadamente elevados. A progressão da doença pode ser interrompida se os fatores de risco forem geridos desde o princípio, mas isto é difícil porque a ausência de sintomas deixa a condição silenciosa.
Isto se torna mais preocupante agora que a equipe demonstrou que mesmo aumentos moderados da pressão arterial e do colesterol têm um impacto muito mais pronunciado na progressão da aterosclerose em pessoas mais jovens do que em adultos maduros ou mais velhos.
Enquanto não descobrem sinais que possam indicar a condição nessas pessoas mais jovens, os cientistas recomendam exames preventivos e acompanhamento criterioso. "Estes resultados apontam o caminho para abordagens personalizadas que utilizem tecnologia de imagem para monitorar a presença e a progressão da aterosclerose silenciosa e oriente a intensidade do controle dos fatores de risco," disse o Dr. Borja Ibáñez, coordenador do estudo.
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