Vacina de cheirar
Pesquisadores do Instituto Butantan estão trabalhando no desenvolvimento de uma nova vacina contra a pneumonia.
A vacina será de uso inalatório, dispensando a utilização de agulhas. E tudo indica que ela poderá ser mais barata, eficiente e prática do que as disponíveis atualmente.
A absorção das substâncias químicas - sejam as drogas médicas ou as drogas ilegais - é muito mais fácil e rápida pelos pulmões do que quando são injetadas pela corrente sanguínea - este é também um dos fatores que explicam os efeitos fisiológicos da aromaterapia.
O imunizante, o elemento ativo da vacina, será uma das proteínas que fazem parte da bactéria Streptococcus pneumoniae, principal causadora de pneumonia no mundo e também conhecida como pneumococo.
A proteína passará por um processo de isolamento e purificação. Depois, será combinada com nanopartículas, que funcionarão como pacotes para transportá-la e introduzi-la no organismo por meio de inalação, chegando até os pulmões de forma precisa e estimulando a produção de anticorpos contra a bactéria.
"A nova vacina deverá ser mais eficiente do que as disponíveis hoje porque poderá proporcionar uma imunização mais ampla. Hoje todas as vacinas contra o pneumococo disponíveis no mundo são compostas de polissacarídeos (que ficam na superfície das bactérias). O problema é que a bactéria Streptococcus pneumoniae tem uma variação enorme que as vacinas atuais não conseguem abranger", disse a pesquisadora Eliane Namie Miyaji à assessoria de comunicação do Butantan.
Vacina em pó
A Streptococcus pneumoniae tem 97 sorotipos diferentes e as vacinas existentes protegem contra no máximo 13 sorotipos. Segundo os pesquisadores, a produção das vacinas existentes atualmente envolve conjugar quimicamente a proteína aos diferentes polissacarídeos, um processo complexo e bastante caro.
A nova vacina poderá ser utilizada em forma de pó, o que facilita a logística para as campanhas de vacinação em massa, dispensando, por exemplo, os sistemas de refrigeração. Outro benefício deverá ser a diminuição dos efeitos colaterais das vacinas.
Segundo o Instituto Butantan, a pesquisa tem três anos para ser concluída e somente depois disso a vacina poderá ser testada em humanos.
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