Ressonância de 9 teslas
Pesquisadores apresentaram a máquina de ressonância magnética de maior resolução jamais construída, capaz de criar imagens claras o suficiente para permitir o estudo detalhado de pequenos aglomerados de células, como os tumores.
Hoje, os tumores aparecem basicamente como borrões nas imagens médicas, o que não traz grandes informações e tipicamente exige biópsias ou mesmo uma cirurgia direta de remoção.
O novo aparelho gerou imagens digitalizadas do cérebro de camundongos que são dramaticamente mais nítidas do que uma ressonância magnética clínica típica para humanos, o equivalente a ir de um gráfico pixelizado de 8 bits para os detalhes hiper-realistas das melhores imagens vistas nas telas dos computadores.
Um único vóxel das novas imagens - a menor unidade de uma imagem 3D, algo como um píxel cúbico - mede apenas 5 micrômetros. Isso é 64 milhões de vezes menor do que um vóxel de uma ressonância magnética clínica.
Os principais ingredientes para esse avanço incluem um ímã incrivelmente poderoso (a maioria das ressonâncias magnéticas clínicas tem ímãs de 1,5 a 3 teslas, enquanto a equipe usou um ímã de 9,4 teslas), um conjunto especial de bobinas de gradiente que são 100 vezes mais fortes do que as de uma ressonância magnética clínica, e um computador de alto desempenho, equivalente a quase 800 notebooks, todos funcionando ao mesmo tempo para gerar a imagem.
Detalhes nunca vistos
Com imagens na resolução obtida pelo novo equipamento, os pesquisadores agora podem perscrutar os mistérios microscópicos do cérebro de maneiras que não eram possíveis antes. Por exemplo, um conjunto de imagens mostra como a conectividade em todo o cérebro muda à medida que os camundongos envelhecem, bem como regiões específicas, como o subículo envolvido na memória, mudam mais do que o resto do cérebro.
Outro conjunto de imagens mostra um carretel de conexões cerebrais com as cores do arco-íris, que destacam a notável deterioração das redes neurais em um modelo de camundongo com doença de Alzheimer.
"Pesquisas financiadas pelo Instituto Nacional do Envelhecimento descobriram que intervenções dietéticas e medicamentosas modestas podem levar os animais a viver 25% mais," disse Allan Johnson, da Universidade Duke (EUA). "Então, a questão é: O cérebro deles ainda está intacto durante essa vida útil prolongada? Agora temos a capacidade de pesquisar isto. E ao fazermos isso, poderemos traduzir isso diretamente para a condição humana."
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