29/01/2014

Hormônio do amor não deve ser receitado para pessoas saudáveis

Redação do Diário da Saúde
Por muito tempo chamado de hormônio do amor, a oxitocina está começando a revelar seu lado negativo.
[Imagem: Wikipedia/MindZiper]

Hormônio do amor, hormônio da monogamia, hormônio do aconchego, droga confie em mim: a oxitocina tem muitos apelidos.

Isso principalmente depois que se descobriu que este hormônio humano que ocorre naturalmente ajuda as pessoas com autismo e esquizofrenia a superar parte de seus déficits sociais.

O problema é que alguns médicos se apressaram em receitar a oxitocina - ou ocitocina - contra desconfortos sociais leves, uma pequena ansiedade que ocorre em pessoas que não sofrem de um distúrbio.

Mas esta não é uma boa ideia, afirmam pesquisadores da Universidade Concórdia (Canadá).

Seu estudo mais recente, publicado pela revista da Sociedade Psicológica Americana, mostra que, em adultos jovens e saudáveis, oxitocina demais pode resultar em hipersensibilidade emocional, uma situação que pode ser mais debilitante do que o nervosismo inicial.

"Para algumas pessoas, situações típicas, como jantares ou entrevistas de emprego, podem ser uma grande fonte de ansiedade social," afirmam Christopher Cardoso e Anne-Marie Linnen.

"Muitos psicólogos inicialmente pensaram que a oxitocina poderia representar um conserto fácil para superar essas preocupações. Nosso estudo mostra que o hormônio dispara habilidades de raciocínio social inatas, resultando em uma hipersensibilidade emocional que pode ser prejudicial para aqueles que não têm quaisquer deficiências sociais graves."

Outro estudo recente mostrou que a oxitocina - ou ocitocina - também reforça memórias negativas, e pode até mesmo aumentar o medo e a ansiedade:

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