Tratamento de lesão muscular
Uma equipe da Universidade Politécnica de Valência (Espanha) desenvolveu e já testou com êxito, em nível pré-clínico, um novo biomaterial para o tratamento e recuperação de lesões musculares.
De acordo com os testes realizados até agora - em modelos animais -, o material de origem biológica é capaz de regenerar o músculo danificado muito rapidamente - mais especificamente, na metade do tempo que leva para que o músculo se regenere naturalmente.
Além de um apelo imediato para os atletas, o novo material também poderá ser aplicado na prevenção e no tratamento da atrofia muscular, seja associada a doenças hereditárias, seja ligada ao envelhecimento.
A chave para o alto desempenho desse biomaterial está na liberação do elemento boro, que é disperso de forma simples em um hidrogel.
Quando liberado no corpo, o boro estimula as integrinas, proteínas que estão presentes em todas as células do corpo e têm papel fundamental na adesão das células à matriz extracelular, o que leva a uma formação dos tecidos muito eficiente.
Hidrogel de boro
A estimulação simultânea das integrinas que ligam a fibronectina e o transportador de íons de boro (NaBC1) melhora significativamente a regeneração muscular em nível anatômico.
Isto porque o mecanismo induz um maior número de aderências - e de maior tamanho - nas células musculares indiferenciadas, que são aquelas que participam na regeneração muscular após uma lesão.
O resultado final é a formação de miotubos diferenciados, necessários à correta criação de novas fibras musculares, regenerando rapidamente a lesão.
A equipe já está testando a aplicação deste novo biomaterial no tratamento de distrofias musculares, como a distrofia muscular de Duchenne, uma doença hereditária rara que afeta 1 em cada 100.000 crianças.
"Nosso objetivo é avaliar as possibilidades do nosso sistema para o tratamento dessa distrofia, que costuma se manifestar entre os dois e três anos de idade e que, por ser uma doença degenerativa, reduz drasticamente a expectativa de vida dessas crianças," contou a pesquisadora Patrícia Rico.
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