07/02/2012

Cuidados podem evitar a gastroenterite no verão

Alana Gandra - Agência Brasil

Gastroenterite

Cuidados com a higiene e a alimentação nunca são demais na época do verão e podem afastar problemas digestivos sérios, como a gastroenterite.

O alerta é do professor de infectologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edmilson Migowski.

A gastroenterite é uma infecção aguda que atinge o estômago e o intestino.

A doença é provocada por bactérias, protozoários ou vírus encontrados na água, em alimentos contaminados ou pelo contato com pessoas que já apresentam o problema.

Seus sintomas mais comuns são náuseas, vômito, dor de cabeça ou na barriga, fadiga, diarreia, dores musculares e febre.

Pessoas infectadas eliminam o vírus pela saliva e podem contaminar outras, inclusive por via respiratória, advertiu o professor.

Transmissão

No caso de ambientes confinados, como cruzeiros marítimos, a transmissão do vírus pode ser barrada evitando-se o contato com quem está doente.

É preciso ter em mente, disse o médico, que as pessoas infectadas eliminam o vírus até três semanas depois do processo infeccioso aparente: "E essa pessoa pode ainda estar em fase de contágio, até por duas ou três semanas da fase aguda da doença".

Ele destacou a importância de as pessoas lavarem as mãos antes e depois de ir ao banheiro e antes das refeições: "É sempre bom para evitar que a transmissão ocorra de forma mais fácil".

Migowski informou que existem hoje medicamentos que podem ser utilizados para diminuir a infestação por esses vírus.

Desidratação

Atenção especial deve ser dada aos bebês e idosos. "O problema principal que ocorre com a gastroenterite viral é a possibilidade de a pessoa se desidratar", lembrou o infectologista.

"Bebês, crianças em idade escolar e idosos são considerados os grupos de maior risco para desidratar e, até mesmo, morrer em decorrência de uma gastroenterite viral. Portanto, acredito que é muito importante hidratar bem esse paciente, oferecer bastante líquido.

"Mas não é dar refrigerante, suco ou isotônico. É dar soro oral mesmo. E, na eventualidade de o soro oral não ser suficiente, deve-se internar o paciente para fazer medicação pela veia", acrescentou.

Alimentos estragados

Migowski advertiu que nesta época do ano, os alimentos se estragam mais facilmente.

Entre eles, citou alimentos feitos à base de maionese e carnes malpassadas. A recomendação é que sejam evitados alimentos sem refrigeração adequada.

"Aquilo que não se pode descascar, lavar ou ferver, o melhor é não comer", explicou.

Isso se aplica, em especial, a alimentos feitos na rua ou que tenham sido manipulados ou conservados de forma inadequada.

"São fatores de risco. A segurança alimentar é fundamental para evitar esses quadros de gastroenterite, seja por vírus ou por outros agentes", disse o infectologista.

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