"Satisfatório"
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) soltou no ambiente milhares de mosquitos Aedes aegypti na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.
O objetivo é combater os vírus da dengue e da chikungunya.
Os insetos foram inoculados com a bactéria Wolbachia e a expectativa é que eles infectem outros pernilongos, que ficarão estéreis, o que acarretará, aos poucos, a redução da população dos vetores.
A técnica desenvolvida pela Fiocruz foi adotado em 2012, na Ilha do Governador, e em outros locais de Niterói. Sem dar maiores detalhes, a entidade afirma que "os resultados coletados pelos cientistas são satisfatórios".
Pernilongo com bactéria
A Wolbachia vive apenas dentro de células, o que impõe limitações significativas na sua capacidade de dispersão, uma vez que ela só pode ser transmitida verticalmente, de mãe para filho, por meio do ovo da fêmea de mosquito.
Fêmeas com Wolbachia sempre geram filhotes com Wolbachia no processo de reprodução, seja ao se acasalar com machos sem a bactéria ou machos com a bactéria. E, quando as fêmeas sem Wolbachia se acasalam com machos com a Wolbachia, os óvulos fertilizados morrem.
Inicialmente, a vantagem reprodutiva será pequena, já que haverá poucos mosquitos com Wolbachia na população total. Mas, com as sucessivas gerações, o número de mosquitos machos e fêmeas com Wolbachia tende a aumentar até que a população inteira de mosquitos tenha esta característica.
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