13/11/2018

Febre amarela: Risco retorna e exige atenção para vacinação

Redação do Diário da Saúde

Verão sem febre amarela

A população que mora em áreas recomendadas para a vacina da febre amarela deve buscar a vacinação antes do início do verão, período de maior risco de transmissão da doença.

O alerta do Ministério da Saúde se dá porque áreas recém-afetadas e com grande contingente populacional, como as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Minas Gerias e São Paulo, ainda possuem um quantitativo elevado de pessoas não vacinadas, ou seja, que estão sob risco de adoecer.

A doença tem alta letalidade, em torno de 40%, o que torna a situação mais grave. A cobertura vacinal deve ser de, no mínimo, 95% da população.

Desde o surto registrado em dezembro de 2017, a vacinação para febre amarela foi ampliada para 4.469 municípios, incluindo cidades localizadas principalmente nas proximidades das capitais e áreas metropolitanas das regiões Sudeste e Sul do Brasil, onde houve evidência da circulação viral.

Vacina contra febre amarela

A vacina contra febre amarela é ofertada no Calendário Nacional de Vacinação e distribuída mensalmente aos estados. Neste ano já foram distribuídos 30 milhões de doses da vacina. Apesar dessa disponibilidade, há uma baixa procura da população pela vacinação. As pessoas devem tomar a dose pelo menos 10 dias antes do deslocamento para as áreas recomendadas.

O público-alvo para vacinação são pessoas a partir de nove meses de idade, que não tenham comprovação de vacinação. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema de dose única da vacina, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde, respaldada em estudos que asseguram que uma dose é suficiente para a proteção por toda a vida.

No surto do período anterior (de 1º de julho de 2017 a 30 de junho de 2018), foram confirmados 1.376 casos de febre amarela no país e 483 óbitos. Ao todo, foram notificados, neste período, 7.518 casos suspeitos, sendo que 5.364 foram descartados e 778 continuam em investigação. Desde o início do ano (de 1º de janeiro a 8 de novembro), foram confirmados 1.311 casos de febre amarela no país e 450 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram notificados 795 casos e 262 mortes.

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