Alopécia androgênica
Novos fatores genéticos de risco para a calvície foram identificados em dois estudos independentes publicados na edição on-line da revista Nature Genetics.
Um terço dos homens aos 45 anos são afetados, em diferentes níveis, pela alopécia androgênica (ou calvície masculina). O problema não tem apenas implicações sociais, mas até mesmo foi relacionado com problemas como doenças coronárias.
Causas da calvície
Estudos anteriores haviam identificado que variações no gene que codifica o receptor de androgênio (hormônio controlador do crescimento dos órgãos sexuais masculinos) contribuem para a suscetibilidade do problema, mas fatores genéticos de risco adicionais não haviam sido descobertos.
Nos artigos publicados agora, os dois grupos verificaram a estreita relação entre a calvície masculina e ocorrência de duas variantes no cromossomo 20. Segundo o estudo de Tim Spector, do King's College de Londres, e colegas o aumento do risco é muito expressivo.
As variantes estão próximas dos genes pax1 e foxa2. De acordo com o grupo, indivíduos com as duas variantes têm risco sete vezes maior de desenvolver calvície.
Calvície masculina
O estudo foi feito inicialmente com 1.125 homens caucasianos com calvície masculina. Após a identificação das variantes genéticas, foi feita nova análise em 1.650 homens, novamente brancos com ascendência européia, que confirmou a associação.
"Podemos presumir que o problema seja causado pela mesma variação genética em indivíduos não-caucasianos. Mas, como ainda não estudamos essas população, não temos certeza disso", disse Brent Richards, da Universidade McGill, no Canadá, um dos autores do estudo.
Tratamento e cura para a calvície
Embora a descoberta represente um importante avanço científico, os autores dos dois estudos apontam que ela não implica o desenvolvimento de novas formas de tratamento ou menos ainda a cura para a calvície.
"Apenas identificamos uma causa. Tratar a calvície masculina exigirá mais pesquisas. Mas é claro que para encontrar formas de tratamento o primeiro passo é identificar a causa", disse Richards.
Felix Brockschmidt, da Universidade de Bonn, na Alemanha, um dos autores da outra pesquisa concorda e destaca que essa é apenas a segunda região do genoma que foi comprovadamente associada com a queda prematura de cabelo.
"Agora queremos tentar descobrir o papel dessa região genômica no crescimento de cabelos. Somente quando esse objetivo for atingido poderemos saber se estamos no caminho certo na busca por novas formas de tratamento", disse.
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