Doença de Lou Gehrig
Os camundongos nos quais os cientistas esperavam testar tratamentos para a doença de Lou Gehrig apresentaram problemas que praticamente levaram as pesquisas à estaca zero.
A doença de Lou Gehrig, ou esclerose lateral amiotrófica, ficou mais conhecida do público graças ao seu portador mais famoso, o cientista Stephen Hawking.
A doença mata as células nervosas da coluna vertebral provocando uma paralisia crescente.
O único tratamento disponível é uma droga chamada riluzol, que estende a vida do paciente em alguns meses.
Camundongos geneticamente modificados
As dificuldades na transferência de tratamentos de cobaias para os humanos há muito atormentam os cientistas que tentam tratar desta e de outras doenças, como o mal de Alzheimer.
É por isso que os pesquisadores ficaram entusiasmados quando, há cinco anos, descobriu-se que algumas pessoas com Lou Gehrig têm mutações em um gene chamado TDP-43.
Eles correram para manipular camundongos geneticamente para que eles apresentassem as mesmas mutações, acreditando que os animais seriam um excelente laboratório de testes.
Para surpresa dos cientistas, os camundongos não morreram da doença neurológica.
Ao receber a mesma mutação genética, que no homem causa esclerose lateral amiotrófica, as cobaias eles morreram de obstrução intestinal.
Camundongos e humanos
"Havia grandes expectativas", disse Robert Baloh, do Centro Médico Cedars-Sinai (EUA), que criou os novos camundongos.
"O problema é que eles ainda são camundongos. Humanos e camundongos, mesmo se tiverem a mesma mutação genética, têm doenças diferentes," concluiu.
O mesmo problema ocorreu recentemente com pesquisadores que tentavam usar camundongos para entender doenças do coração:
É por isso que cada vez mais cientistas defendem alternativas ao uso de animais para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos.
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