Exoesqueleto para reabilitação
A caminhada assistida por exoesqueleto é segura, viável e eficaz em indivíduos incapacitados por lesão da medula espinhal, de acordo com os resultados de um ensaio clínico randomizado realizado na Universidade de Maryland (EUA).
O principal objetivo era estabelecer diretrizes e protocolos para programas clínicos de caminhada assistida por exoesqueleto para a recuperação de indivíduos com lesão da medula espinhal.
A equipe trabalhou para determinar o número de sessões de treinamento necessárias para pacientes com variados défices de mobilidade, de forma a obter habilidades adequadas de caminhada e atingir marcos de velocidade. Foram usados dois exoesqueletos motorizados no estudo: o Ekso GT (Ekso Bionics) e o ReWalk (ReWalk Robotics).
Os 50 participantes incluíam indivíduos com tetraplegia e paraplegia, tanto motoras completas como incompletas. Após 12, 24 e 36 sessões, seu progresso foi medido por um teste do tempo necessário para caminhar 10 metros (10MWT), da distância percorrida por uma caminhada durante 6 minutos (TC6), e um teste cronometrado (TUG).
Andar com exoesqueleto
A maioria dos participantes dominou a capacidade de caminhar de forma eficaz com a ajuda do exoesqueleto.
Após 12 sessões, 31 (62%), 35 (70%) e 36 (72%) participantes alcançaram os marcos estabelecidos para o 10MWT, 6MWT e o TUG, respectivamente.
Após 36 sessões, os resultados melhoraram, com 40 (80%), 41 (82%) e 42 (84%) dos participantes atendendo aos critérios para o 10MWT, 6MWT e TUG, respectivamente.
"Os participantes mostraram melhora independentemente do nível de lesão, integridade ou duração da lesão, indicando que os exoesqueletos podem ser usados para melhorar a mobilidade em um amplo espectro de indivíduos com défices neurológicos causados por lesão da medula espinhal.
"Nossos resultados podem ser usados para orientar a aplicação de exoesqueletos para a reabilitação de lesões da medula espinhal e a aquisição oportuna de habilidades para o uso seguro desses dispositivos para reabilitação e uso na comunidade," afirmou a Dra. Gail Forrest, coordenadora do ensaio.
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