Dependência e vício em internet
Está preocupado se você está viciado em tecnologia ou em redes sociais? Mas como medir seu comportamento? Como avaliar se o tempo que você gasta online já é problemático ou não?
Brigitte Stangl e colegas da Universidade de Surrey (Reino Unido) queriam ter respostas para essas questões, e então fizeram um estudo que fornece parâmetros para essas comparações.
Os dados mostram que as pessoas mais jovens (24 anos ou menos) passam em média seis horas por dia online, utilizando principalmente os seus celulares. As pessoas mais velhas (com 24 anos ou mais) passam 4,6 horas online em média.
O resultado mais importante, contudo, é que os dados apresentam um novo espectro de dependência da internet, categorizando os usuários do mundo digital em cinco grupos:
"O nosso principal objetivo foi esclarecer a diferença entre usar a internet de forma problemática e ser viciado nela. Descobrimos que, quanto mais jovem você for, maior será a probabilidade de ficar viciado em internet, e essa tendência diminui com a idade. Também queríamos explorar como a gravidade do vício em internet afeta a experiência dos usuários com aplicativos novos e de alta tecnologia, como a realidade aumentada," disse a professora Stangl.
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Os pesquisadores não encontraram nenhuma ligação entre gênero e comportamento online. Além disso, níveis mais elevados de dependência correlacionaram-se com uma maior confiança na utilização da tecnologia móvel, particularmente uma maior vontade de experimentar novos aplicativos.
O estudo também descobriu que as experiências emocionais (as emoções sentidas ao usar um aplicativo) previram fortemente o comportamento futuro de todos os grupos ao interagir com a realidade aumentada. Em contraste, as experiências de ação (navegar em um site ou jogar um jogo) eram em sua maioria irrelevantes para os viciados.
"Nosso estudo ressalta a necessidade de intervenções personalizadas e apoio para indivíduos em vários estágios do vício em internet. As descobertas certamente influenciarão o projeto e o desenvolvimento de serviços digitais e aplicativos de realidade aumentada, garantindo que eles atendam às diversas necessidades dos usuários no atual ambiente digital," concluíram os pesquisadores.
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