Esclerose múltipla
A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica e debilitante, mas que pode ser tratada e até ter sequelas totalmente evitadas caso ela seja diagnosticada e tratada precocemente, ou seja, antes de a doença gerar suas consequências.
"O paciente pode ficar muito bem, sem sequelas por muitos anos. O que eu quero dizer é que ela é uma doença que, para eu precisar de uma bengalinha para andar, levam-se 15 anos; para eu precisar de um andador, 20 anos; e uma cadeira de rodas, 25 anos," explicou Denis Bichuetti, professor de neurologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
E o alerta serve sobretudo para os mais jovens, uma vez que a esclerose é uma doença que começa por volta dos 20 ou 30 anos de idade. Ou seja, apesar de levar muito tempo para gerar incapacitação, ela ataca pessoas na época mais produtiva da vida, entre 20 e 55 anos de idade.
A doença atinge duas vezes mais mulheres do que homens e é diagnosticada, em média, aos 30 anos na mulher, embora possa acometer desde crianças até pessoas mais idosas. Isso vale para outras doenças autoimunes, como lúpus e doença de Crohn, por exemplo. "Não é uma coisa exclusiva da esclerose múltipla, mas do gênero feminino em geral," explicou Denis.
Sintomas e tratamento
A esclerose múltipla pode gerar muitos sintomas diferentes, incluindo problemas de visão (perda de visão, visão dupla, visão borrada e embaçamento), dor, fadiga e comprometimento da coordenação motora (dificuldade em andar e perda de equilíbrio), dormência ou formigamento em diferentes partes do corpo, rigidez muscular etc.
Os sintomas, a gravidade e duração variam de pessoa para pessoa, podendo ser passageiros ou permanentes.
Diante de sintomas súbitos, que ocorram de uma hora para outra, como a perda da visão de um olho, dor, alterações da sensibilidade, perda da função de um membro, visão dupla, troca de palavras, a pessoa deve buscar imediatamente um hospital porque estes sintomas também podem ser indicativos de um derrame. "A esclerose múltipla pode esperar até amanhã. O AVC não pode," explicou o Dr. Denis.
No caso da esclerose múltipla, os sintomas normalmente evoluem ao longo de vários dias ou semanas.
O ideal é que a pessoa vá a um neurologista, mas como nem todas as cidades no Brasil dispõem desse especialista, a recomendação é procurar um clínico de confiança ou um pronto-socorro.
O tratamento é feito com medicamentos. Atualmente, existem no mundo cerca de 14 medicamentos aprovados, com reconhecimento científico para o tratamento. Desses, em torno de 12 existem no Brasil e dez estão disponíveis na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e dentro do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar.
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