Dia do Coração
As doenças cardiovasculares, segundo a OMS, são a principal causa de morte em todo o mundo. Em 2008, os óbitos provocados por elas representaram 30% do total registrado globalmente.
A estimativa é que as economias de países como o Brasil, a Índia, a China, a África do Sul e o México registrem, juntas, uma perda de 21 milhões de anos de vida produtiva em razão de mortes precoces provocadas por doenças cardiovasculares.
Os fatores de risco para tais enfermidades incluem pressão alta, taxas de colesterol e glicose elevadas, sobrepeso e obesidade, além de hábitos como fumo, baixa ingestão de frutas e verduras e sedentarismo.
De acordo com a organização não-governamental Federação Internacional do Coração (World Heart Federation), em países em desenvolvimento, as doenças cardiovasculares têm historicamente afetado a parcela da população com maior escolaridade e boa renda.
Entretanto, a perspectiva é de mudanças desse cenário - pessoas em idade produtiva e de baixa renda também estão sendo acometidas por esse tipo de enfermidade. O agravante é que, nesse grupo, as taxas de mortalidade em razão de uma parada cardíaca, por exemplo, são mais altas.
Como melhorar o coração
A ONG listou uma série de prioridades para para combater as doenças cardiovasculares:
Na semana passada, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou, em Nova Iorque, uma reunião com líderes mundiais para tratar das doenças crônicas não transmissíveis - incluindo as cardiovasculares.
Esta foi a segunda vez na história que o órgão discutiu um tema relacionado à saúde - anteriormente, apenas a AIDS havia sido abordada.
Histórico familiar
No Brasil, o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC) estão entre as principais causas de óbitos, sendo responsáveis por algo entre 10% e 15% dos óbitos.
De acordo com o Ministério da Saúde, a meta é reduzir esse índice para 5%.
Para o cardiologista João Poeys, a dica é incentivar hábitos alimentares saudáveis e a prática de atividade física, sem descuidar do histórico familiar de doenças cardiovasculares.
"Hoje um fator muito importante que a gente está vendo na prática clínica é o histórico familiar. Pacientes que, mesmo que não tenham fatores clássicos, mas com mãe ou irmão que teve infarto jovem, têm uma propensão grande de desenvolver a doença", destacou o cardiologista.
A orientação de Poeys é que os cuidados comecem desde cedo. "É preciso acabar com o mito de que criança saudável é criança gordinha", ressaltou.
Na adolescência, é recomendada a realização de exames de sangue para medir as taxas de colesterol e glicose. Homens, a partir dos 40 anos, e mulheres, a partir dos 50, já devem começar a fazer periodicamente o teste ergométrico.
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