Doe+Vida
Pela primeira vez em cinco anos o Rio de Janeiro ultrapassou 60% de autorizações de integrantes diretos de famílias na doação de órgãos de pacientes com morte encefálica.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, nos três primeiros meses do ano o percentual atingiu 64,5%, o mais alto patamar desde a criação do Programa Estadual de Transplantes (PET), em 2010.
O secretário Felipe Peixoto disse que o aumento é em consequência da conscientização da população.
Para incentivar as doações, a secretaria lançou, em abril, a campanha "Doe+Vida", que esclarece sobre a importância de discutir a doação de órgãos. Com ela, foi criado também o site doemaisvida.com.br, para os interessados poderem se declarar doadores, fazer o cadastro e imprimir o cartão virtual Doe+Vida.
De acordo com o coordenador do PET, Rodrigo Sarlo, outro fator importante para a elevação das autorizações é a estrutura do sistema de doação de órgãos e transplantes no estado. É preciso, segundo ele, ter uma estrutura com profissionais treinados e habilitados a trabalhar em todas as etapas do processo.
Autorização da doação de órgãos
Entre os motivos mais comuns para que a doação de órgãos não seja autorizada, está a falta de consenso entre os parentes. Muitas vezes, disse Sarlo, eles não sabem da vontade do paciente.
Além disso, há uma falta de compreensão de que a morte encefálica é um diagnóstico irreversível.
O coordenador lembrou que, conforme a legislação brasileira, somente pessoas diretas das famílias podem permitir a doação de órgãos de pacientes com morte encefálica.
Qualquer cidadão que deseja declarar a vontade e ser doador se inscreve no site, a informação vai para o banco de dados e o sistema pode avisar à família, mas lembrando que o que vale é a autorização da família, independente de qualquer coisa.
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