Marcas registradas do câncer
O câncer é uma patologia complexa que envolve múltiplas alterações celulares e moleculares que desencadeiam sua origem e progressão - praticamente cada tipo de câncer é uma doença diferente.
Na última década, os cientistas tentaram simplificar o problema compilando uma estrutura comum para organizar os esforços de pesquisa. O principal resultado desse esforço foi a definição das "14 Marcas Registradas do Câncer", um conjunto comum de anormalidades que são comuns a todos os tumores. Entre essas Marcas estão a geração de metástases, o crescimento exacerbado das células e a incapacidade das células transformadas de passar pelo processo de morte natural, chamada apoptose.
A crença inicial dos cientistas era que essas propriedades seriam em grande parte devidas a causas genéticas (ou seja, mutações), mas a genética não consegue explicar completamente a natureza mutável e evolutiva dos tumores humanos, e nem sua capacidade de adquirir resistência rápida às terapias.
Assim, tinha que haver outros mecanismos envolvidos no câncer, e isso levou o foco das atenções diretamente para o controle epigenético da informação genética - em vez de estudar os genes diretamente, a epigenética investiga como nossos genes são ativados e desativados para permitir que um conjunto de instruções genéticas crie centenas de tipos de células diferentes em nosso corpo.
Agora esses esforços começaram a dar resultados.
Marcas epigenéticas do câncer
Seguindo a linha do trabalho no qual se inspiraram, Manel Esteller e seus colegas da Universidade de Barcelona (Espanha) publicaram um artigo intitulado as "As Marcas Epigenéticas do Câncer".
A equipe descreve as propriedades epigenéticas que permitem a definição dos tumores e lhes conferem a capacidade de se adaptar e sobreviver em um microambiente hostil, prevenindo a morte das células cancerígenas.
As seis características epigenéticas das células mutadas no câncer são:
"Após mais de 25 anos estudando modificações químicas do DNA e suas proteínas reguladoras, agora temos uma visão mais clara das alterações epigenéticas que a maioria dos tumores humanos compartilha," disse o Dr. Esteller. "É importante reconhecer que essas regras não são fixas, e descobertas futuras usando tecnologias disruptivas, como análise de células individuais e inteligência artificial, podem fornecer regras adicionais que definem as características epigenéticas do câncer."
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