Plástico que brilha
Pesquisadores da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, desenvolveram polímeros que brilham quando entram em contato com bactérias.
A descoberta abre caminho para a criação de técnicas de detecção rápida de infecções e avaliação contínua do tratamento de ferimentos.
Para isso, basta que o novo plástico seja posto em contato com o ferimento e iluminado com luz ultra-violeta.
Os pesquisadores afirmam que a maneira mais prática para fazer isso é usar o polímero para criar uma espécie de "curativo inteligente".
Gram-positivas e gram-negativas
O material pode ser incorporado em um gel, para facilitar sua aplicação, sobretudo no tratamento de ferimentos.
O nível de brilho que o plástico alcança indica a gravidade da situação - quanto mais bactérias, maior é o brilho.
Os polímeros são ligados de forma irreversível a fragmentos de antibióticos, que se ligam a bactérias gram-negativas ou gram-positivas - as que causam as infecções mais graves.
Com isto, o mesmo gel pode ser usado para eliminar as bactérias dos ferimentos.
Exemplos de bactérias gram-negativas são Legionella, Salmonella e E. Coli.
Já entre as bactérias gram-positivas responsáveis por infecções estão MRSA, C. difficile, meningitis e peritonitis.
Corante fluorescente
"Os polímeros incorporam um corante fluorescente e são projetados para reconhecer e se ligar às bactérias, colapsando ao seu redor. Esta mudança no formato do polímero gera um sinal fluorescente que podemos detectar usando uma lâmpada UV portátil," disse a professora Sheila MacNeil, uma especialista em engenharia de tecidos.
Atualmente, determinar o nível de infecção bacteriana exige cultivar em laboratório partes coletadas do ferimento, o que leva vários dias para se obter o resultado.
Com o novo polímero, esta verificação passará a ser possível em poucas horas.
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