Doação de órgãos e tecidos
O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico de reposição de um órgão (como coração, fígado, pâncreas, pulmão e rim) de uma pessoa doente por outro órgão de um doador, que pode estar vivo ou não.
O procedimento também engloba a reposição de tecidos, como medula óssea, ossos e córneas.
Um doador vivo pode doar um dos seus rins, parte do fígado, parte do pulmão ou ainda parte da medula óssea. Pela legislação brasileira, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Aqueles que não são parentes, só podem fazer a doação com autorização judicial.
Já a doação de órgãos de pessoas mortas se divide em dois os tipos de doadores: o primeiro é o doador falecido após morte cerebral, constatada segundo critérios definidos pela legislação e que não tenha sofrido parada cardiorrespiratória. Neste caso, ele pode doar coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões.
O segundo tipo é o doador que teve parada cardiorrespiratória, cuja morte foi constatada por critérios cardiorrespiratórios, ou seja, o coração parou de bater. Este doador pode doar apenas tecidos para transplante, incluindo córnea, vasos, pele, ossos e tendões.
Em ambos os casos, a morte encefálica - a perda completa e irreversível das funções encefálicas, definida pela parada das funções corticais e de tronco cerebral - precisa ser confirmada. Caso a morte ocorra em casa, somente as córneas poderão ser doadas.
Autorização da família do doador
Um dos principais fatores que restringe a doação de órgãos é a baixa taxa de autorização da família do doador. Dados do Ministério da Saúde mostram que cerca de metade das famílias entrevistadas não concorda que sejam retirados os órgãos e tecidos do parente falecido.
Por isso, quem deseja realmente se tornar um doador deve conversar com sua família e deixar claro sua intenção para que seus familiares autorizem a doação de órgãos após sua morte.
No Brasil, a doação de órgãos só será feita depois da autorização da família. Também não podem ser doadores pessoas que não tenham documentação, indigentes ou menores de 18 anos sem a autorização dos responsáveis.
Sistema Nacional de Transplantes
Na doação em vida, é possível escolher o receptor dos órgãos. Já para a doação após a morte, nem o doador nem a família podem escolher quem vai receber o órgão. O receptor será então o próximo da lista única de espera de cada órgão ou tecido, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
A posição na lista é determinada por critérios como tempo de espera e urgência do procedimento. Para determinar a compatibilidade entre doador e receptores, são feitos exames laboratoriais.
Depois de confirmada a morte encefálica, de a família ter autorizado a doação e um receptor compatível ter sido localizado, a retirada dos órgãos para o transplante é feita em um centro cirúrgico, como em qualquer outra cirurgia, por equipe de cirurgiões autorizada pelo Ministério da Saúde e treinados para esse procedimento. Na sequência, o corpo é recomposto e liberado para a família para realização de velório, se for o caso.
Não há custo para a família do doador de órgãos, assim como não há qualquer pagamento também.
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