Saudável, mas não em excesso
Quando se trata da percepção sobre o que é saudável, as pessoas estão se concentrando nos tipos de alimentos, e não na quantidade que comem.
Em outras palavras, se acham que o alimento é saudável, elas tendem a comer mais do que precisam ou deveriam.
E o efeito ocorre mesmo entre as pessoas que estão tentando perder ou manter seu peso atual - elas escolhem itens saudáveis em quantidades maiores do que as calorias contidas nos alimentos justificam.
"A tendência a ser amplamente insensível às quantidades de alimentos pode ser problemática se os consumidores acreditarem que consumir grandes porções de alimentos 'saudáveis' com alta densidade calórica (por exemplo, granola ou castanhas) terá um impacto semelhante na saúde do que consumir pequenas porções desses alimentos," escreveram Kelly Haws e seus colegas da Universidade Vanderbilt (EUA) em um artigo publicado na revista Management Science.
Qualidade versus quantidade
Por meio de uma série de experimentos on-line e laboratoriais, a equipe investigou os efeitos de vários tipos de alimentos (como chocolates versus amêndoas versus bolachas) e quantidades variáveis desses alimentos (como 1/2 porção versus 1 porção versus 2 porções) nas percepções das pessoas sobre o que é considerado saudável.
O tipo de alimento emergiu como uma "dimensão primária", um fator considerado altamente relevante e influente para os julgamentos dos participantes sobre o quanto cada alimento era saudável.
Enquanto isso, a quantidade de alimentos funcionava como uma "dimensão secundária", com uma influência muito menor sobre as avaliações dos participantes sobre o que é saudável. Isso só não ocorreu quando os pesquisadores chamavam a atenção explicitamente para o tamanho das porções. Mas, mesmo nesses casos, a quantidade de alimento afetou menos os julgamentos do que a principal dimensão, o tipo do alimento.
"Estes resultados sugerem que a primazia do tipo sobre a quantidade pode potencialmente ter um impacto negativo nos esforços para perder ou manter o peso através da redução do consumo calórico," escreveu a equipe.
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