ChatGPT no pronto-socorro
O bate-papo de inteligência artificial ChatGPT teve um desempenho tão bom quanto um médico treinado ao sugerir diagnósticos prováveis para pacientes avaliados no pronto-socorro ou em departamentos de medicina de emergência.
O estudo-piloto, apresentado durante o Congresso Europeu de Medicina de Emergência, foi realizado no Hospital Jeroen Bosch, nos Países Baixos.
"Assim como muitas outras pessoas, testamos o ChatGPT e ficamos intrigados ao ver como ele funcionou bem no exame de alguns casos de diagnóstico complexos. Então, montamos um estudo para avaliar o quão bem o bate-papo funciona em comparação com médicos com uma coleção de casos de medicina de emergência da prática diária," contou o professor Hidde ten Berg, coordenador do estudo.
Os pesquisadores inseriram as anotações médicas de 30 pacientes atendidos na emergência, incluindo sinais, sintomas e exames físicos. Eles usaram duas versões do ChatGPT (a versão 3.5 gratuita e a versão 4.0 para assinantes). Também foram fornecidos ao chatbot os resultados de exames laboratoriais, como análises de sangue e urina.
Para cada caso, foram comparados a lista de diagnósticos prováveis gerada pelo chatbot, a lista de diagnósticos prováveis feita pelos médicos que atenderam o paciente e o diagnóstico correto do paciente.
Houve uma sobreposição significativa (cerca de 60%) entre as listas geradas pelo ChatGPT e pelos médicos. Os médicos tiveram o diagnóstico correto entre os cinco principais diagnósticos prováveis em 87% dos casos, em comparação com 97% para o ChatGPT versão 3.5 e 87% para a versão 4.0.
Em outras palavras, o ChatGPT gratuito acertou o diagnóstico correto de cada paciente significativamente mais do que os médicos.
"É vital lembrar que o ChatGPT não é um dispositivo médico e há preocupações com a privacidade ao usar o ChatGPT com dados médicos. No entanto, existe aqui potencial para poupar tempo e reduzir os tempos de espera no departamento de emergência. O benefício do uso da inteligência artificial pode estar no suporte aos médicos com menos experiência ou na ajuda na detecção de doenças raras," disse Berg.
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