De xixi a neurônio
Cientistas chineses afirmam ter conseguido reprogramar células de urina humana para transformá-las em células cerebrais (progenitoras neurais).
Se confirmada, a pesquisa poderá contribuir para futuros avanços no tratamento de males degenerativos como Alzheimer e Parkinson.
Duanquing Pei e seus colegas da da Academia Chinesa de Ciências afirmam que as células da urina foram isoladas de três doadores e reprogramadas para gerar células progenitoras neurais (NPCs), que são precursoras das células cerebrais.
Estas NPCs, por sua vez, foram capazes de se subdividir e "gerar com eficiência neurônios funcionais" distintos in vitro.
Fontes de neurônios
Os mesmos cientistas haviam identificado no ano passado que a urina humana contém células do rim "que podem ser reprogramadas em células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs)". Agora, dizem ter avançado neste método.
"Ainda faltam análises, mas reportamos que as células sobrevivem e se dividem quando transplantadas ao cérebro de um rato recém-nascido", diz o estudo.
Células progenitoras neurais são potenciais fontes de neurônios para pesquisa, com a vantagem de se dividirem e, por conta disso, poderem ser "expandidas" em laboratório antes que sejam divididas em neurônios.
Células-tronco e tumores
Apesar do grande interesse nas células-tronco pluripotentes induzidas, que eliminam a polêmica envolvendo o uso de embriões humanos, vários estudos têm mostrado que essas células acabam gerando tumores.
Há cerca de um mês, uma equipe dos EUA desenvolveu um novo tipo de célula-tronco que não expressa os mesmos genes que as células-tronco embrionárias ou as células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs).
Os primeiros experimentos mostraram que esse novo tipo de célula-tronco não gera tumores, o que está sendo agora avaliado por outras equipes.
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