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A Secretaria de Saúde de Minas Gerais está analisando exames laboratoriais de 23 pessoas que podem ter contraído febre amarela no estado.
Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942. A SES-MG informa que todos os casos suspeitos em Minas Gerais ocorreram em regiões rurais e envolvem pessoas do sexo masculino, com idades entre 7 e 53 anos.
Dos pacientes sob monitoramento, 14 morreram. No mês passado, seis casos de malária em Diamantina (MG) também levantaram o alerta do governo mineiro.
Os casos suspeitos de febre amarela ocorreram em 15 municípios. A lista das cidades não foi divulgada. Porém, na semana passada, a SES-MG já havia diagnosticado 12 ocorrências nos municípios Ladainha, Malacacheta, Frei Gaspar, Caratinga, Piedade de Caratinga e Imbé de Minas. O último caso de contágio da doença dentro do estado havia sido registrado em 2009, em Ubá (MG).
Como ainda não há confirmação para febre amarela, os casos são tratados como febre hemorrágica aguda. Não está descartado que outras doenças tenham levado a esse quadro, como dengue, leptospirose e febre maculosa.
Febre Amarela
A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre em alguns países da América do Sul, da América Central e da África. No meio rural e silvestre, ela é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Já em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, zika e febre chikungunya.
As primeiras manifestações da doença são repentinas e caracterizadas por febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos. Segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a maioria das pessoas infectadas apresenta melhora após três dias, se recupera, e cria imunidade contra o vírus.
A forma mais grave se manifesta após o paciente apresentar um breve período de bem-estar. Nesses casos, podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
Vacina contra a febre amarela
A vacina contra a febre amarela existe desde a década de 1930 e é disponibilizada gratuitamente à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É altamente recomendável que ela seja tomada por quem mora ou vai viajar para áreas com indícios da doença.
A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após um período de 10 anos. Segundo a SES-MG, o estado possui atualmente um estoque de aproximadamente 300 mil doses do imunizante e já foi feita uma solicitação de reforço ao Ministério da Saúde de 150 mil doses.
A população também deve ficar atenta a outras medidas de prevenção. A principal é a eliminação de água parada, que são os criadouros dos vetores. O uso de repelentes em áreas com incidência da febre amarela também é recomendado.
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