2019-nCoV
O Ministério da Saúde confirmou que o Brasil tem três casos suspeitos de infecção pelo coronavírus 2019-nCoV.
Além de uma estudante de 22 anos, que está internada em Belo Horizonte, mais duas pessoas têm suspeitas de portar o vírus. Uma delas está em Porto Alegre (RS) e outra em Curitiba (PR).
Com isto, o nível de prontidão ante o problema foi elevado de "atenção" para "alerta de perigo iminente".
"O que muda é o grau de vigilância nessa fase. Aumenta a nossa vigilância de portos e aeroportos, triagem de pacientes, o uso de determinado equipamentos de proteção, mas o nosso foco principal nesta fase é a vigilância," disse o ministro Luiz Henrique Mandetta. "Nessa fase a gente tem um olhar com muito mais atenção para dentro do país, para identificar se o vírus está circulando em território nacional, e outro [olhar] muito presente em informações técnicas e científicas a respeito do comportamento do vírus."
Caso a infecção pelo coronavírus seja confirmada pelos exames, o nível de alerta no país subirá para "emergência de saúde pública nacional", quando há a possibilidade de o vírus já estar em circulação no país.
Os testes da estudante de Belo Horizonte deverão estar prontos até a sexta-feira. Em caso de resultado positivo, será o primeiro caso confirmado do novo coronavírus tanto no Brasil quanto na América do Sul.
Dados do ministério mostraram que, no período de 3 a 27 de janeiro, foram analisados 7.063 suspeitas de pessoas com coronavírus no Brasil. Desses, 127 exigiram a verificação mais detalhada e apenas três casos foram enquadrados como suspeita.
Coronavírus de Wuhan
Diante da epidemia, que tem se espalhado rapidamente pela Ásia e já atingiu países da Europa e da América do Norte, o ministério recomenda que os brasileiros evitem viagens à China.
"Nós desaconselhamos, e não proibimos as viagens para a China. Não se sabe, ainda, qual é a característica desse vírus que é novo; sabemos que ele tem alta letalidade. Não é recomendável que a pessoa se exponha a uma situação dessas e depois retorne ao Brasil e exponha mais pessoas. Recomendamos que, não sendo necessário, que não se faça viagens, até que o quadro todo esteja bem definido," disse o ministro.
Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter aumentado para alto o nível de alerta em relação ao cenário global do novo coronavírus, o governo vai passar a tratar como casos suspeitos os das pessoas que estiveram em toda a China, e não apenas na província de Wuhan.
Até o momento, 16 países já registraram casos do vírus 2019-nCoV, todos em pessoas que estiveram na região de Wuhan, na China, onde começou a ocorrer a transmissão do vírus de pessoa para pessoa. O número de casos confirmados supera as 4,5 mil infecções, com cerca de 100 mortes, todas na China.
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