Atmosfera da reunião influencia decisões mais do que as discussões

Reuniões: Veja o que a ciência tem a dizer para melhorá-las.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Clima da reunião

Reuniões empresariais sempre foram um tema controverso, quase nunca vistas como totalmente positivas: Alguns destacam que são um desperdício de tempo, outros defendem que são um mal necessário.

E agora há mais uma questão para se prestar atenção se você deseja tirar algo de produtivo das reuniões com sua equipe: Diferentes atmosferas levam as pessoas a falar e a interagir de maneiras diferentes, o que muda a forma como elas encaram o assunto que está sendo discutido.

Por exemplo, quando a atmosfera é triste e melancólica, as pessoas se tornam cautelosas sobre a maneira de se comportar, enquanto uma atmosfera mais vibrante as leva a se sentirem livres para serem exploratórias na elaboração de suas estratégias. No entanto, quando a atmosfera beira à tensão ou à rejeição, os participantes se tornam argumentativos e dificilmente entram em acordo sobre como seguir em frente.

A equipe de pesquisadores da Alemanha, Austrália e Reino Unido também observou que a atmosfera pode mudar rapidamente, uma vez que mudanças sutis no tom de voz, na fala ou na linguagem corporal afetam como os grupos reagem às ideias.

Clima da reunião afeta decisões

No geral, a pesquisa descobriu que, em ambientes de grupo, em situações reais, a percepção das pessoas sobre a atmosfera influencia sua construção coletiva de sentido ao decidir sobre as questões que estão discutindo.

"Embora todos saibamos que a atmosfera pode afetar como nos sentimos, seu efeito sobre como damos sentido a questões complexas não foi estudado sistematicamente. É por isso que nosso estudo é importante e único," disse o pesquisador Eric Knight, da Universidade Macquarie (Austrália).

"Frequentemente presumimos que há algum consenso ou entendimento compartilhado na tomada de decisões gerenciais. Nossa pesquisa mostra que o que é compartilhado é a atmosfera na sala, e isso afeta as decisões tomadas," concluiu o professor Matthias Wenzel, da Universidade de Luneburg (Alemanha).